Por luana.benedito

São Paulo - Lugar de mulher é onde ela quiser! E é exatamente assim que Valesca Popozuda pensa. Com uma autoestima de dar inveja, a musa do funk revela ser feminista, fala do divisor de águas da carreira e do novo single, chamado 'Tô Solteira de Novo'.

Aos 39 anos, Valesca está solteira após o fim de um relacionamento no ano passado, e isso não é problema para ela. Tanto é que isso virou música. Composta por Valesca e Batutinha, 'Tô Solteira de Novo' fala que felicidade é muito mais do que estar solteira ou acompanhada.

Valesca diz que a mulher não precisa ter medo de 'ficar para a titia' e de a idade chegar Divulgação

"Eu quis fazer uma nova versão da música 'De Sainha', porque só os homens falam que estão solteiros e as mulheres, não. E também porque muitos acham que o fato de estar solteira é para ficar na pegação", afirma a funkeira, que complementa: "Estar solteira de novo é voltar ao que era antes. Até porque, namorando, você se esquece de muita gente. É estar bem com você mesma, se olhar no espelho e dizer: 'Primeiro, eu, segundo, eu, terceiro, eu'", diz a cantora, aos risos.

Carioca de Madureira, mãe de Pablo, de 18 anos, Valesca se declara empoderada de carteirinha e garante que suas músicas passam mensagens para as mulheres. "Em 'Tô Solteira de Novo', eu gostaria de dizer que não precisa ter medo de ficar para a titia, como muita gente fala. Não precisa ter medo de a idade chegar e não ter ninguém. Ao seu redor sempre existirão pessoas que te amam muito", diz a artista.

"Nasci de um útero feminista. O da minha mãe, que me colocou neste mundo e me deu tudo o que podia para me ver feliz hoje. Mais do que nunca, as mulheres não podem ter medo de falar. Mulher tem de ser respeitada, acima de tudo", completa.

Muito mais do que entreter, os fãs têm relatado para Valesca o quão se identificam com as músicas dela. "Elas (fãs) tomaram coragem de fazer algo vendo as minhas atitudes. E não têm medo de nada", afirma.

DONA DE SI

Desde 2016, Valesca tem mergulhado de cabeça no trabalho. Agora, a loura é a própria empresária. "Queria seguir a minha vida, tomar conhecimento das minhas coisas. Então, senti que dava para fazer isso. Claro que tenho uma equipe, até porque não é possível fazer sozinha. Hoje, posso dizer que meu trabalho é 100% perfeito", conta.

O funk nunca esteve tão presente na vida das pessoas como agora. Onde se passa, é possível ouvir um hit que gruda na cabeça, mas uma proposta legislativa resolveu criminalizar o gênero. "Tanta coisa para resolver no nosso país e eles querendo apontar para algo que só faz bem para as pessoas. Nós levamos alegria, empregamos várias pessoas. Eles sempre buscam um alvo, e o alvo é o funk", diz.

*Priscila Freitas para Diário de S.Paulo/Agência O DIA 

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