Por daniela.lima

Rio - Bem-recebido logo em seu disco de estreia, de 2007, que leva o nome da banda, o Fino Coletivo de cara caiu nas graças da crítica. Com o CD seguinte, ‘Copacabana’, não foi diferente. Agora, eles chegam com o terceiro trabalho, ‘Massagueira’, que tem show de lançamento nesta sexta-feira, na Miranda.

O Fino Coletivo%3A Medeiros (E)%2C Lancellotti%2C Scofield%2C Siri e CabralDivulgação


“Eu acho que você sente menos pressão no terceiro disco, sim. Você acaba ousando mais. Como o primeiro foi muito bem recebido, você acaba querendo encontrar o mesmo caminho, um disco na mesma onda”, analisa o vocalista Alvinho Lancellotti.

Ao lado de Adriano Siri (voz), Alvinho Cabral (voz e violão), Daniel Medeiros (baixo) e Rodrigo Scofield (bateria), ele comemora os nove anos do grupo, mas sonha com o reconhecimento comercial. “O Fino cresce devagarinho. Nos últimos meses, a gente ficou um pouco parado, mas o lançamento do CD vai dar um gás. A gente tem um bom público fora do Rio, bota 700 pessoas num show em Fortaleza, 800 em Maceió... Mas a conta não fecha. Você acaba dependendo de patrocínio”, conta. “Além disso, hoje é difícil tocar no Rio. Quase não existe lugar de médio porte. Eu não vivo só de música. Mas dizem que com dez anos de carreira você começa a ganhar dinheiro, né?”, brinca.

Batizado a partir de uma vila de pescadores a 15km de Maceió (a capital alagoana é a terra de Siri e Alvinho Cabral), ‘Massagueira’ traz a multiplicidade sonora que é característica da banda. Produzido pelo baixista Daniel, teve as bases gravadas ao vivo e conta com as participações do músico Domenico Lancellotti (irmão de Alvinho), a cantora Luana Carvalho e os guitarristas Pedro Costa e Davi Moraes.

“A gente queria uma sonoridade diferente, mais viva, aproveitando o tempo que a banda tem tocando junto e que conseguiu gravar em um estúdio bom”, explica Alvinho Lancellotti. As dez faixas são autorais, e tratam de temas do cotidiano, como os homens imperfeitos vistos sob o olhar da amada (‘Tudo Fica Lindo’) e a empregada doméstica da casa onde a turma se reúne sempre (‘Iracema’). “A Iracema comandava, fazia comida para todo mundo, tinha um astral muito bom. Um dia, na cozinha, comecei a fazer essa música para ela”, lembra Alvinho.

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