Por karilayn.areias

Rio - Diretamente do Pará, a Diva do Carimbó Chamegado Dona Onete se apresenta no Rio hoje e amanhã, no espaço Caixa Cultural, no Centro (veja os detalhes no roteiro de Show). Dona de uma voz rouca e de grande sensualidade — como bem classifica a turma lá do Norte — essa senhora de 75 anos é musa da uma nova geração da música paraense.

Aos 75 anos%2C Dona Onete promove em sua música uma mistura de ritmos que tem espaço até para o rapDivulgação

Ela inventou o carimbó chamegado, subgênero que, de acordo com a própria, tem o balanço do carimbó, mas “com um toque de pimenta”. “A música do Pará é muito cheia de mistura, então comecei a fazer essas músicas, que falavam de amor, num ritmo mais lento e muito sensual, e, assim, nasceu esse carimbó chamegado”, conta Dona Onete.

Compositora, ela tem canções gravadas por Gaby Amarantos, outro ícone da música paraense. Seu primeiro disco, ‘Feitiço Caboclo’, foi lançado em 2012, quando a artista já estava com mais de sete décadas de vida. Além do carimbó, o álbum traz ainda a toada de boi-bumbá, salsa caribenha, brega, samba e até rap. Para esses shows no Rio, Onete acrescenta a seu som a não menos irresistível guitarrada, o gênero musical criado a partir de um modo único de tocar a guitarra por seu conterrâneo Mestre Vieira, 79 anos, referência nacional no instrumento e que também participa da apresentação como convidado especial.

“Fico muito satisfeito quando vejo que existem tantos jovens procurando tocar do jeito que eu toco. Me chamam de professor do Chimbinha, da banda Calypso”, orgulha-se Vieira, citando o guitarrista do duo paraense formado ainda pela cantora Joelma.

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