Por karilayn.areias

Rio - Em seu primeiro fim de semana em cartaz, ‘Transformers: A Era da Extinção’ já é sucesso nos quatro cantos do planeta. Só por aqui, levou 1,6 milhões de pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 23 milhões em bilheteria apenas durante as duas semanas de pré-estreia. No Rio para a divulgar o quarto filme da saga, o diretor Michael Bay arrisca decifrar o motivo pelo qual a sequência desperta tanto interesse nas pessoas.

“Acho que isso tem a ver com a bondade e sacrifício dos Autobots. Há algo especial com esses robôs”, arrisca o cineasta americano. Mas não é só através do cinema que essas máquinas vêm conquistando espaço. Em João Pessoa, na Paraíba, times de 45 países travam um duelo até o dia 25, na RoboCup 2014. O combate é diferente da trama de Bay. Em vez de robôs alienígenas caçados pelo governo americano, o evento reúne humanoides programados para vencer partidas de futebol, em uma espécie de Copa do Mundo robótica.

Cena do filme ‘Transformers%3A A Era da Extinção’%2C que está nos cinemasILM / PARAMOUNT PICTURES

“Acho que vocês vão ver muitos robôs fora da tela e não vai demorar”, diz Bay, que, com o quarto longa de ‘Transformers’, inicia uma nova trilogia da trama. “Há um tempo, o Pentágono me pediu para fazer uma conferência sobre robôs e nem soube o que responder!”, lembra-se ele, que ri.

“Não se trata do futuro. Isso já está acontecendo”, afirma Artur Mainard Junior, diretor executivo da Somai, revendedora dos humanoides usados pela equipe brasileira da Universidade Federal de Brasília na RoboCup. “Não é em grande escala, mas já temos humanoides trabalhando com autistas e em resgates em minas de urânio, por exemplo”.

Se Junior tem mesmo razão, a sequência dirigida por Bay pode soar como a premonição de uma era próxima. Na ficção, os robôs alienígenas, que já protegeram por anos os humanos, tornaram-se alvo da cobiça dos mesmos. Aliado a um cientista, o FBI pretende capturar os Transformers para usá-los como matéria- prima de outros robôs que possa controlar e vender.

Enquanto isso, um inventor de fundo de quintal (Mark Wahlberg) encontra um dos últimos Autobots e passa a ser perseguido, assim como sua filha e o namorado dela (Nicola Peltz e Jack Reynor). “Acredito que os Transformers enfrentam uma briga entre o bem e o mal. O que também pode acontecer de verdade com humanoides. Toda invenção pode ser usada tanto para o bem como para o mal”, avalia Junior, que prefere olhar o lado positivo da tecnologia e não nega que muitos elementos apresentados no longa possam se tornar reais um dia.

“Tudo que acontece no filme soa muito verdadeiro. Acho que é daí que vem o seu grande sucesso”, arrisca o ator Jack Reynor, que é fã da sequência desde do primeiro longa, em 2007. “Desde essa época, as câmeras ficaram melhores. É a primeira vez que filmamos em Imax 3D. Quero fazer coisas cada vez mais realistas”, diz Bay.

O cineasta ainda precisa de uma equipe de quatro mil pessoas trabalhando por dois anos e inúmeros efeitos especiais para levar suas histórias às telas. Mas eventos reais como a RoboCup já planejam um confronto de verdade entre homens e máquinas, em 2050. “A equipe de robôs que ganhar a competição em 2050 vai competir com os vencedores da Copa do Mundo da Fifa”, promete Junior.

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