Por daniela.lima

Paraty - A abertura, com direito a encontro bem­humorado, passeando entre a vida e a obra do homenageado da festa (Millôr Fernandes, que faria 90 anos em 2014) e show de Gal Costa, aconteceu na noite de ontem. Até domingo, dezenas de escritores brasileiros e estrangeiros ocuparão mesas de debates e distribuirão brilhantismo e autógrafos naquela que já é considerada uma das maiores capitais da literatura no mundo, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

O humorista Gregório Duvivier%2C do Porta dos Fundos%2C é uma das atrações de hoje na mesa ‘Prosa %26 Poesia’Divulgação


Durante quatro dias, um público de cerca de 25 mil pessoas transformarão a cidade do Sul Fluminense em passarela da prosa e do verso; também do traço, do teatro, e do pensamento. A produção do artista, que também espalhou o seu talento por jornais e revistas, como O DIA, no ‘JB’ e na ‘Veja’, encheu de charme e inteligência a abertura, quando o cartunista Jaguar (colunista do DIA) foi entrevistado pelos colegas Reinaldo e Hubert. Os três lembraram momentos marcantes da trajetória das principais publicações de humor e de ideias que marcaram presença nas bancas entre as décadas de 1970/90, especialmente do “Pasquim”, especialmente do homenageado da noite. A conferência oficial de abertura foi feita pelo crítico de arte Agnaldo Farias, também conhecedor da obra do autodenominado “irritante guru do Méier”, que foi também um artista de galerias.

A programação da Flip, que conta este ano com curadoria do jornalista Paulo Wernekc, prossegue hoje, já às 9h30, quando a mesa “Da cidade à cidadania” reúne o professor e um dos fundadores do Observatório de Favelas, Jaílson de Souza e Silva, a especialista em violência e segurança publica Paula Miraglia. Logo em seguida é a vez da mesa Prosa & Poesia, que reunirá o poeta marginal Charles Peixoto; a jornalista Eliane Brum; e o humorista Gregório Duvivier, do coletivo Porta dos Fundos. 

Enquanto isso, correm por fora...

Correndo por fora, diversas atividades afins ajudam a movimentar Paraty: a Flip Zona, que surpreende pelo experimentalismo; e a Flipinha, voltada ao público miúdo. A já tradicional Flip Mais começa hoje com mesas com as presenças de Lucia Riff, Marcelo Rubens Paiva e Zuenir Ventura.
A tradução literária é o tema que vai reunir, na Casa de Cultura, alguns escritores e tradutores como José Luiz Passos, Sam Byers, Paulo Henriques Britto e Daniel Hahn.

Reportagem: Luis Pimentel

Você pode gostar