Nos dias 26 e 27 de novembro, de manhã, tarde e noite, a Macacos, que está na sua 15ª edição, já havia passado pelos corredores da Universidade e também por fora dela, levando os trabalhos dos alunos da faculdade nos seguimentos de audiovisual, literatura, artes cênicas, artesanato, música e acadêmico para o público interno e externo da Uerj. O evento final seria realizado na parte da noite no último dia 27, mas por conta da previsão de chuva acabou sendo adiado para esta segunda-feira.
"A Macacos é o o maior evento cultural da Faculdade de Comunicação Social, da UERJ, em que alunos, ex-alunos, professores, funcionários e até mesmo o público externo pode apresentar seu trabalho de forma gratuita. Desde 2012 a mostra é realizada uma vez ao ano. A organização do evento é feita por estudantes da FCS, que formam a Comissão Organizadora (C.O.) junto com o Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos UERJ). Em conjunto, são feitas muitas reuniões até fechar o conceito, manifesto e tema. A partir daí, a C.O. é dividida em grupos de trabalhos para ajudar a otimizar as demandas. Elabora-se o planejamento de comunicação, projetos para patrocínio e a programação do evento", explicou uma das organizadoras do evento, Camilla Pontes, estudante de Comunicação Social da Uerj.
Além de revelar para o público os talentos artísticos dos alunos e integrantes da faculdade, o evento também tem como objetivo ajudar na integração do corpo estudantil com toda a sociedade civil. "Os objetivos do evento são estimular o espírito de criação artística dos estudantes e demais participantes; Fomentar a arte enquanto processo agregador do ensino acadêmico; Ser um laboratório de organização e cobertura de eventos, além de jornalismo cultural, contribuindo para a experiência profissional e enriquecimento curricular dos estudantes de Comunicação Social da UERJ; Promover a integração entre a comunidade acadêmica, e entre esta e a comunidade externa; Promover o diálogo entre a FCS e toda a comunidade da UERJ; Divulgar o ensino, pesquisa e extensão, além do movimento estudantil, produzido na FCS e na UERJ",afirmou Camilla.
Um dos principais anseios do evento é propor a participação dos jovens alunos das universidades. Casos de Caio Pereira e Gabriel Lima. Os dois foram o grupo de Rap, Verso Capital. O primeiro tem 19 anos e está no 2º período de jornalismo da UERJ, o segundo tem 20 anos e cursa Ciências Sociais na UFRJ.
Formada em 2014, a banda Além Marte, antes conhecida como Kill Me Sarah fará o seu primeiro show com o novo nome. O grupo é composto por três estudantes de jornalismo da Uerj, João Vitor Figueira, Romullo Herzer e Felippe Persian e por um estudante de economia da UFF, Rafael Dottori. Na edição de 2013. João e Rafael participaram do evento e em 2014 também estiveram presentes no Sarau realizado no décimo andar no último dia 26. O estudante de jornalismo vê o show desta segunda-feira como uma oportunidade importante para a evolução do conjunto musical e da aproximação com o corpo estudantil.
"A banda nasceu literalmente nos corredores da Faculdade de Comunicação Social da Uerj. Eu, Felippe e Romullo somos da mesma turma. Alguns de nós já tinham tocado juntos em bandas anteriores, por isso a ideia de agrupar esse quarteto, que se completa com o Dottori, surgiu de maneira bem natural. Cada um traz uma bagagem diferente de influências, o que é um fator enriquecedor no nosso processo criativo. Acho que isso fica bem claro no versão rearranjada que elaboramos de Comportamento Geral, do Gonzaguinha, conectada com Deus Lhe Pague, do Chico Buarque. Eu divido os vocais e a composição das músicas com o Felippe, que também toca baixo, o que dá um caráter ainda mais plural para a nossa identidade sonora.", concluiu João, que tem 22 anos.