Rio - Lançando o quarto disco, ‘Ímpar’ (contabilizados aí o álbum homônimo de sua ex-banda VulgoQinho&OsCara, de 2007, mais ‘Canduras’ de 2010 e ‘O Tempo Soa’, de 2012), o cantor e compositor carioca Qinho promete um show bem diferente do habitual para o lançamento do CD. Ele abre o projeto ‘Veraneio’, no Oi Futuro de Ipanema, nesta sexta, sem guitarra nem baixo.

“Amo black music e vim de uma banda de rock, mas a ideia é desconstruir. Vamos ter alguém fazendo batidas eletrônicas, além da bateria. E também um sintetizador fazendo som de baixo, e mais dois teclados”, conta Qinho. Tantos teclados num palco lembram o grupo alemão eletrônico Kraftwerk, não? “É meio assim, mas tem a bateria, né? Compararia mais com o Daft Punk.”
No show, cada ingresso vai dar direito a uma cópia física do CD, com sua mistura de experimentalismos, sons eletrônicos ligados aos anos 80 (em ‘Sweet Trouble’) e até um soul cheio de potenciais, ‘Pode Querer’. “Essa música deve ganhar clipe”, diz Qinho, que pôs mulher e filho no vídeo do primeiro single do disco, ‘O Peso do Meu Coração’. “Misturamos eletrônico com sons orgânicos, como aquela caixa pesada de bateria dos anos 70. E a influência do Lincoln Olivetti (tecladista e arranjador, morto recentemente). Ele era um mestre para todos nós.”
O ‘Veraneio’ prossegue com shows dos grupos Baleia (sábado) e dos recifenses do Mombojó (dias 27 e 28 de março). O universo dos festivais é bem conhecido de Qinho, que já idealizou eventos como o ‘Dia de Rua’ e hoje cuida com amigos do ‘Rio Música Contemporânea’, que leva novos artistas para tocar no Imperator. “Mas acho que sou mais um ativista do que um curador”, conta ele.