Por daniela.lima

Rio - É difícil medir com precisão a pressão colocada sobre os ombros de um diretor cuja meta é tentar, em uma sequência, pelo menos igualar o sucesso do filme original. Talvez por isso Joss Whedon não tenha se arriscado — algo que, neste caso, provou ser uma escolha sábia. 

O Homem de Ferro é uma das estrelas do time de super-heróis que volta à ação no segundo longa da sérieDivulgação


Ainda que um pouco mais sombrio, ‘Vingadores:  Era de Ultron’ repete uma dinâmica bastante parecida com a da produção de 2012, aventura que reunia Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Thor, Viúva Negra e Gavião Arqueiro e que se transformou na terceira maior bilheteria da história do cinema mundial. Ou seja, os heróis se estranham, encontram pontos em comum, sobrevivem a divergências e chegam à conclusão que, para derrotar uma grande ameaça, é melhor deixar as diferenças de lado e trabalhar em equipe. 

E a ameaça, neste caso, é Ultron — inteligência artificial concebida por Tony Stark (Robert Downey Jr.) para funcionar como uma rede global de segurança que acaba saindo de controle. Essa continuação vai um pouco mais fundo no que se refere à exploração da personalidade dos heróis. Nesse aspecto, a produção é bem sucedida. As cenas de ação que mostram os personagens agindo como uma unidade eficiente de combate também são bem elaboradas — e, a exemplo do que aconteceu no filme anterior, são as que têm mais potencial para provocar descargas de adrenalina nos fãs que acompanham as aventuras dos heróis nos quadrinhos. A eventual utilização de humor nos diálogos também é bem dosada. 

O roteiro ainda encontra espaço para apresentar novos rostos para o público que conhece os Vingadores apenas pelo cinema — Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany). 

Os pontos fracos da trama ficam por conta de uma solução forçadíssima para a futura condição do Gavião Arqueiro e um envolvimento igualmente forçado entre dois personagens.

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