Por daniela.lima
Vestido de couro de Cristina Crawford Divulgação

Fortaleza - Na semana em que a socialite Kim Kardashian e as cantoras Beyoncé e Jennifer Lopez se destacaram no tapete vermelho do baile de gala beneficente do MET (Metropolitan Museum de Nova York) por conta de roupas que deixavam muita pele à mostra, os estilistas do Dragão Fashion — semana de moda cearense, que acontece até domingo em Fortaleza — provaram que não é só lá fora que o quase nu está em alta.

Em sua 16ª edição, o projeto, que é idealizado por Claudio Silveira e busca dar oportunidade a novos estilistas e reverenciar figuras já conhecidas, trouxe como tema ‘Mãos à Obra, Mãos à Moda’. Nas passarelas, que agora estão em novo endereço, o Porto do Mucuripe, o que se viu foi um show de sensualidade e decotes. O evento também deixou claro que a transparência segue firme pela próxima temporada. As grifes da noite de abertura, na quinta-feira, foram André Sampaio, Aládio Marques, Cristina Crawford, Lino Villaventura, Almerinda Maria, João Paulo Guedes e ASAP.

O cearense André Sampaio recorreu ao seu álbum de família para construir uma coleção que mescla a mulher sexy com a romântica. “A mulher de 2015 está satisfeita em ser ela mesma. Dar voz aos seus desejos sem se preocupar com julgamentos. Em um momento, ela pode apostar na leveza do tule e na descontração do jeans, e, em outro, brincar com o poder das peças geométricas que revelam partes do corpo”, explica o estilista.

Já o baiano Aládio Marques se inspirou em desenhos do biólogo Ernst Haeckel para criar looks com o balanço e a leveza das algas marinhas. Para ele, algumas peças têm muito a ver com as cariocas. “A mulher do Rio me lembra a garota da Bahia. As duas gostam muito de cor, transparência e de roupas mais justas, para evidenciar as curvas. Acho que, da minha coleção, as peças com tela seriam as escolhidas por elas. Claro que teria que ter uma sobreposição, para ninguém sair mostrando os seios pelas ruas”, brinca.

Estreando no Dragão Fashion, a paulista Cristina Crawford deu um tom invernal para suas roupas, apostando em trajes escuros, couro e franjas, mas também abusou da sensualidade. “Vejo a mulher de uma forma muito feminina e acredito que é possível mostrar um pouco mais sem perder a elegância”, diz ela.

Fechando a noite, Lino Villaventura provou que transparência e pedrarias caminham de mãos dadas. “Gosto desse momento da moda em que temos mais liberdade para brincar. E eu adoro montar peças que mesclam a tela com o brilho, principalmente o cristal. Até porque ele enobrece a produção”, finaliza o paraense.

Você pode gostar