Por tabata.uchoa

Rio - Daria para dizer que há uma imagem típica do Rio de Janeiro exibida pelo cinema? Marina Meliande, curadora da mostra ‘Imaginários Cariocas: A Representação do Rio No Cinema’, enxerga várias. E tentou fazer um apanhado de todas para o festival, que leva 35 longas e 18 curtas sobre a cidade à Caixa Cultural de hoje a 27 de setembro.

Um jovem Stepan Nercessian (D) no filme ‘Marcelo Zona Sul’%2C que está na mostra ‘Imaginários Cariocas’ Divulgação

“O Rio foi bastante filmado desde seu surgimento. Tentamos fazer um apanhado dos últimos cem anos da história no cinema no Rio e pegar diversas formas de representação da cidade”, diz Marina, citando as palavras ‘paraíso’, ‘medo’, ‘mito’, ‘solidão’, ‘caos’ e ‘promessa’ como grandes conceitos da mostra. “Essa questão da natureza aparece em várias produções, como se a cidade fosse realmente uma maravilha que daria conta de tudo. A solidão não é algo associável ao Rio. Mas ela surge em vários filmes.”

A mostra abre com uma série de curtas sobre a cidade, às 16h. Alguns são preciosidades, como ‘A Cidade Cresce Para a Barra’, de Paulo Robeto Martins (1970). Na sequência, curtas raros como ‘O que Foi o Carnaval de 1920!’, de Alberto Botelho (1920), com o acompanhamento, ao fundo, da fanfarra do grupo Bagunço. “Muitos desses filmes lidam com a questão da paisagem, do espaço urbano que se modificou dos anos 20 para cá”, diz a curadora.

Na escala, longas como ‘Marcelo Zona Sul’, de Xavier de Oliveira (1970), protagonizado por um Stepan Nercessian ainda adolescente com a presença do próprio diretor. Filmes recentes como ‘Cidade de Deus’, de Fernando Meireles e Kátia Lund (2002), estão também na lista, além de raridades como ‘Esse Mundo É Meu’, de Sérgio Ricardo (1964). No dia 12, tem o debate ‘Arte Carioca: Um Futuro?’, com Bruno Safadi, Felippe Mussel, Leticia Novaes (da banda Letuce) e Opavivará.

DESTAQUES

HOJE
16h: Curtas sobre a cidade; 18h30: Curtas com acompanhamento do Bagunço.

AMANHÃ
19h: ‘Ipanema, Adeus’, de Paulo Roberto Martins (1975).

10 DE SETEMBRO
16h: ‘Orfeu Negro’, de Marcel Camus (1959).

11 DE SETEMBRO
19h10: ‘Eu Transo, Ela Transa’, de Pedro Camargo (1972).

12 DE SETEMBRO
16h: ‘Carlota Joaquina, Princesa do Brazil’, de Carla Camurati ( 1995).
Confira a programação no www.caixacultural.gov.br

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