Por tabata.uchoa

Rio - A inspiração veio justo quando Cris D’Amato admirava o horizonte na praia. “Pedi uma caneta para o vendedor de cerveja e comecei a escrever”, lembra-se a diretora de como nasceu o argumento de ‘S.O.S. Mulheres ao Mar 2’. Ela ouviu críticas feministas após o primeiro longa, em que a protagonista não se conformava por ter sido trocada por outra. Mas a cineasta jura não estar nem aí para isso e segue a mesma linha romântica na sequência, que pretende superar os 1,8 milhão de espectadores do primeiro longa.

Na comédia, com estreia marcada para quinta-feira, Adriana (Giovanna Antonelli) descobre que a top model do desfile assinado pelo namorado (Reynaldo Gianecchini) é a ex-noiva dele (Rhaisa Batista). Cega pelo ciúme, ela decide ir com a irmã, Luiza (Fabiula Nascimento), e a amiga Dialinda (Thalita Carauta), atrás dos dois até o cruzeiro onde acontecerá o evento, em Cancún. “O povo me diz: ‘Haaa... Cada uma fica em busca de um homem.’ É verdade. Mas duvido que alguém queira ficar sozinho para o resto da vida. Eu quero ter um companheiro.

Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini a bordo do cruzeiro%2C com Rhaisa Batista ao fundoMariana Vianna / Divulgação

Todo mundo quer”, defende-se a cineasta, antes da première do longa, em Orlando, nos Estados Unidos. Aliás, a cidade da Flórida foi um dos cenários para o filme, também rodado no Rio, em Miami e Cancún. Mas, como Cris adianta, não é só Adriana que vai atrás do seu par. Dialinda não vê a hora de fisgar um americano e conquistar o seu Green Card. Já Luiza deixa de assediar todos os homens à sua volta e se apaixona por um só. “Por mais que a gente viva em um mundo muito individualista, todo mundo quer encontrar um grande amor”, acredita Giovanna, que assim como a diretora, faz parte do time das românticas. “Sou pisciana, então, para mim, a vida é muito mais fantasiada do que para quem não é”.

Mesmo assim, fazer loucuras por amor, como sua personagem, é impensável para ela. “Nunca fiz nada do tipo. Mas acho um barato a personalidade da Adriana. Sei que tem muita gente que nem ela por aí”, diz a atriz, em uma brecha entre as gravações de ‘A Regra do Jogo’, em entrevista por Skype. Só que a protagonista não é movida apenas por amor. Seu principal combustível é o ciúme. É ele que a faz voar do Rio até Miami, comer maconha em Orlando, dirigir até o México, atolar no caminho e quase ser presa.

“As mulheres são as loucas, as desequilibradas do filme”, diverte-se Reynaldo Gianecchini, que é disputado na trama por Giovanna e Rhaisa.Mas Fabiula Nascimento discorda do ator e defende a classe. “Não sei se enlouquecidas, mas elas são intensas. São mulheres muito fortes e independentes, em um momento da vida que elas têm o seu emprego, dinheiro, não dependem de ninguém”, diz ela.


“Acho que elas são loucas em um lugar muito comum de todas nós, mulheres”, emenda Fabiula, que vive uma mulher atirada. “Quando estamos fora do problema, depois que passa, rimos. Mas na hora, você
sofre. Isso é tanto com homens quanto com mulheres. Mas acho que as mulheres são mais apegadas”, diz ela, dando a própria vida como exemplo: “Saí de uma relação de 13 anos. Enquanto não me esvaziar — e ainda estou no finalzinho disso —, não estou pronta para outra relação. Enquanto eu vejo que o outro, em dois meses, já estava namorando de novo... Depois, já estava fazendo dois anos de namoro!”

FILME DE GALERA

“Vocês estão se divertindo, pessoal?”, dispara Giovanna Antonelli por Skype ao ver os jornalistas do outro lado da câmera. Eles aguardam a atriz, após entrevista com o resto do elenco, em uma das salas do Loes Portofino Bay Hotel, uma espécie miniatura da região italiana em plena Orlando. É lá onde a atriz, Fabiula Nascimento, Thalita Carauta, Gil Coelho e Felipe Roque filmaram parte do longa. 

É que, diferentemente do primeiro filme, ‘S.O.S. Mulheres ao Mar 2’ é rodado mais tempo em solo firme do que sobre o oceano. Motivada pelo ciúme da ex-noiva do namorado — escolhida como principal modelo do desfile assinado por ele — a personagem de Giovanna enfrenta uma verdadeira saga até alcançar o navio em que eles se preparam para o evento.


Rodado em abril deste ano, foram seis dias de filmagem no Rio, depois a equipe seguiu de avião até Miami e pegou um ônibus até Orlando, onde permaneceu mais 16 dias. Por lá, uma das locações foi o Universal Studio Florida, onde Giovanna Antonelli e Gil Coelho precisaram andar várias vezes na montanha-russa
Hollywood Rip Ride Rockit para gravar uma única cena.

O destino final foi Cancún, no México, onde, enfim, embarcaram no cruzeiro e gravaram entre os passageiros já a bordo. “Fizemos um filme de galera. Tipo: pessoal, vamos viajar e fazer um filme? Tanto que não tive férias este ano. Usei esse tempo para filmar”, diz Fabiula Nascimento.

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