Por clarissa.sardenberg

Rio - A atriz Júlia Rabello se considera uma viciada em trabalho e esse ano tem sido um prato cheio, com a agenda lotada. “Estou querendo fazer tudo, TV, teatro, internet e cinema. Tenho planos para todos. Está faltando ano pra tanto projeto”. Júlia se prepara para lançar ‘Porta dos Fundos — Contrato Vitalício’, que estreia 30 de junho nos cinemas, estrela uma nova série para o canal GNT, ‘De Perto Ninguém é Normal’, e tem planos até para um quadro no ‘Fantástico’.

Júlia como a preparadora que faz os atores sofrerem no longa 'Porta dos Fundos'Divulgação

Júlia começou a carreira no teatro, mas foi através do coletivo de humor ‘Porta dos Fundos’, que seu trabalho teve uma repercussão maior, o que lhe rendeu muitos convites para o cinema e uma novela das nove, a recente ‘Regra do Jogo’, de João Emanuel Carneiro, em que interpretou a lésbica Ursula. “Amo trabalhar, me faz feliz”.

Em ‘Contrato Vitalício’, a humorista faz uma preparadora de elenco, velha conhecida da atriz, que já foi criada para um episódio do grupo na internet. A personagem é o oposto do que se conhece de uma “preparadora”, uma profissional que faz uma trabalho dedicado ao ator, baseado na sensibilidade. “A Denise utiliza métodos nada convencionais, como tortura e extorsão, por exemplo, para conseguir o que quer. Nunca fui preparada por ninguém assim, aliás não chegaria perto de ninguém que fosse maluca como ela”, diverte-se Julia, que contracena com o marido, Marcos Veras, no longa.

Com a rotina atribulada, quase não vemos a atriz nos recentes episódios do ‘Porta’, mas ela descarta deixar o grupo: “Eles são minha trupe, é como uma família artística. Acho que essa química que temos juntos é um presente divino”. Interpretando a franca e desinibida Odete, no episódio ‘Sobre a Mesa’ do canal, no qual descreve suas fantasias sexuais de forma escancarada, ela que se acha uma pessoa comum, gerou polêmica.

“A Odete simboliza a busca e a conquista do nosso espaço de lidar com os desejos, sem as castrações às quais as mulheres normalmente são vinculadas. Não sou a Odete e nem Amélia. Sou uma mulher contemporânea”.

Com destaque em papéis engraçados, ela afirma que fazer humor é criar uma relação íntima com o seu ridículo particular. “Minha profissão por ter como um dos veículos a imagem, fica muito refém disso. Me dou melhor com o meu ridículo do que com a minha vaidade. Mas tento manter uma relação cordial com ela.”

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