Rio - Os corpos dos cariocas, por meio de sua ginga, seus movimentos e suas almas, com alegrias e tristezas, serviram de inspiração para a exposição ‘Linguagens do Corpo Carioca — A Vertigem do Rio’. A abertura da mostra acontece hoje, às 10h, no Museu de Arte do Rio (MAR), e fica em cartaz até 9 de outubro.

O acervo reúne 800 obras, de mais de 160 artistas, que retrataram anos de história do Rio de Janeiro desde sua fundação, em gravuras, desenhos, pinturas, fotos, vídeos e extratos de filme. Às 11h, os visitantes podem assistir a um bate-papo intitulado ‘Conversa de Galeria’, com entrada gratuita, entre os curadores Paulo Herkenhoff, Milton Guran e alguns artistas cujas obras estão expostas.
“A ideia é mostrar o corpo carioca na relação consigo mesmo. O corpo na relação com outros corpos, agindo como um só, como nos blocos de Carnaval, manifestações e jogos, e o corpo no diálogo com a cidade”, afirma Milton Guran.

Para organizar a grande quantidade de obras que representam essas ideias, a exposição foi divida em 12 núcleos. Entre eles, Milton destaca que existem os que possuem temas mais leves, como ‘Corpo Água’, onde fotos do piscinão de Ramos estão expostas por exemplo, e outros mais densos, como ‘Corpos Melancólicos’, onde a série ‘Bala Perdida’ de 24 fotografias tiradas pela artista Anna Khan mostra locais onde pessoas foram assassinadas.
A exposição faz parte do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, que passou a ser anual em 2014, e chega à sua oitava edição. Diversos centros culturais e galerias estão com exposições em cartaz, ou ainda vão inaugurar mostras ao longo de junho e julho, que fazem parte deste projeto.
Com reportagem de Guilherme Guagliardi