Por tabata.uchoa

Rio - Se há algo que todo mundo, de uma forma ou de outra, quer, é algum tipo de amor — seja ele carinho, companhia, troca, tesão, apoio. Trocando em mais miúdos: cafuné, alguém do lado da cama, fim de semana a dois, sexo tântrico ou animal, mão dada na hora da dor, interlocução, sedução, companhia de viagem, de filme ou de vinho, filhos, risos e choros em comum.

Querem paixão. Querem amor pra sempre. Querem sempre algum amor. Muitos se queixam de não ter nenhum amor. Nem cônjuge, nem filhos, nem companheiro, nem ninguém. Falta de sorte ou de flexibilidade?

Outros tantos se sentem plenos com um tipo de amor que os satisfaça. Talvez os mais sábios. Ou, ao menos, os mais práticos e sensatos. E há ainda aqueles mais exigentes que querem tudo num só amor.

Sofrem de fatalismo romântico. Acreditam que encontrarão uma espécie de ‘savior’ para todas as suas expectativas românticas, materiais e sexuais. Como se amor só fosse possível pelas mãos do destino que lhes trouxesse a pessoa de seus sonhos.

E muitos dos que me leem agora dirão: “Nossa, impossível. Sonhadores!” Outros poderão dizer: “Por que, não? É possível, sim.” Preencher todas as expectativas que se tem em uma só pessoa é tarefa árdua, um tanto utópica.

Porém, e o mais curioso, é possível e viável! E essa possibilidade vai sempre atordoar o ser humano, deixando no horizonte a perspectiva do amor completo e da plenitude. Por uma questão de sorte (sim, na vida, quase tudo é uma questão de sorte) ou de sabedoria (“o nosso amor a gente inventa” e inventando, completamos o que falta), podemos ter todo e qualquer amor que houver nessa vida.

A fruta? A gente morde. A sede? A gente mata na saliva ou na palavra do outro. O convívio? A gente vira artista pra encarar. O dia a dia? Céu e inferno. Faz parte. A monotonia? Tem que descobrir o veneno pra combater.

A fonte? No corpo inteiro a gente descobre o seu esconderijo. E se amar é ser pão e comida de quem se ama, o amor, seja ele qual for, vai sempre alimentar.

Viva Cazuza!

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