Por karilayn.areias

Rio - A Olimpíada tem 42 modalidades esportivas, mas não adianta: é o futebol que vira tema de discussão, com direito a críticas ao capitão da seleção masculina Neymar, após o empate sem gols contra a seleção do Iraque no domingo. “Não tem como não falar de futebol. Foi como na Copa: a gente está fazendo uma Olimpíada no país e justamente no Rio, e estamos em busca de um título em casa”, diz Antonio Leal, diretor do festival de cinema de futebol CINEFoot. Em meio aos jogos, ele lança o CINEFoot Extraordinário, edição olímpica da mostra, que vai de hoje até segunda-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil e no Centro Cultural Justiça Federal.

Kayky (à esq.) e Babu%3A pai e filho num conflito de gerações futebolístico no curta ‘A Culpa é do Neymar’ Divulgação

Na programação, filmes como ‘Barba, Cabelo e Bigode’, de Lucio Branco (sobre as trajetórias de Afonsinho, Paulo Cesar Caju e Nei Conceição) e ‘Fla x Flu — 40 Minutos Antes do Nada’ (de Renato Terra) convivem com curtas e longas nacionais e estrangeiros, de países como França, Dinamarca, Bulgária e até Ilhas Maurício. “O festival é uma opção cultural para turistas de outros estados”, afirma Antonio.

Dos curtas, um que chama a atenção é ‘A Culpa é do Neymar’, de João Ademir, agendado para sábado, às 18h, na Sessão Dente de Leite (para crianças) do CCBB. No curta, um garoto, Túlio (Kayky Gonzaga), causa tristeza no pai botafoguense (Babu Santana) ao passar a torcer para o time do ídolo Neymar. “Me baseei na minha história com meu pai, porque ele não admitia que eu torcesse pra nenhum time que não fosse o Vasco da Gama”, brinca João Ademir.

E será que a culpa pelo fracasso da seleção é mesmo do Neymar? Antonio acredita haver um certo preconceito contra o craque, mas acha que ele precisa atender às expectativas. “Não atendeu nem na Copa nem na Olimpíada. Desta vez, pegou um treinador (Rogério Micale) que apostou nele. Mas não está correspondendo.” Ademir não colocaria a responsabilidade só no capitão, mas espera melhoras no jogo de hoje contra a Dinamarca. “É preciso que Neymar assuma a responsabilidade. Ele não tem que ficar brigando. Tem que mostrar liderança.”

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