Por karilayn.areias

Rio - ‘Alô Rede Globo, coloquem o Guga para comentar até o Globo Rural”, escreveu no Twitter um fã do tenista e agora comentarista Gustavo Kuerten. Guga está fazendo sucesso comentando os Jogos Olímpicos na Globo. Faz observações engraçadas e empolgadas, esquiva-se das pegadinhas de Galvão Bueno, aparece todo o tempo sorrindo e se vira até para fazer comentários técnicos de esportes que ele desconhece. E une-se a um time de outros narradores descontraídos que chamam a atenção na Rio 2016: Rômulo Mendonça (ESPN), Fábio Porchat (Record) e até a turma do Porta dos Fundos (FoxSports).

Rômulo (E) viralizou a ‘Ragatanga’%2C Porchat está na Record Divulgação

Guga conquistou o coração dos telespectadores a ponto de gerar vários memes e tweets, e de ganhar o apelido “labrador humano”, referência àquela raça de cães que parece estar sempre sorrindo. “Eu sou um torcedor profissional”, brinca o tenista. Ele acredita estar contribuindo para dar visibilidade ao atleta olímpico. “Muita gente nem conhece o (iatista) Robert Scheidt, que é medalhista e esteve cinco vezes na Olimpíada! Tento comunicar o que acho que é mais profundo no esporte, mostrar o valor que deveriam ter os nossos atletas”. O sucesso na TV, claro, tem feitos com que muitos fãs peçam autógrafos para Guga. “Às vezes, 20, 30 minutos é meu descanso do dia, mas uso para atender as pessoas. Não esperava me sentir assim, ativo de novo dentro de uma Olimpíada”, alegra-se Guga, que adorou o apelido “labrador humano” e soltou ontem um vídeo no Twitter da Globo usando um filtro que o deixou com orelhas, focinho e língua de cachorro. “Ainda não é aquele labrador humano, mas já estou me aproximando”, brincou.

Conhecido pelas narrações animadas que faz para as ligas de futebol americano, Rômulo Mendonça, do canal ESPN, é outro que virou meme pelas mãos dos fãs. Seus comentários nas partidas de vôlei são igualmente cheios de gírias e expressões pinçadas na internet. E o trabalho é fruto de um estudo “obsessivo” (palavra dele) do que mais bomba na rede, e também dos nomes dos jogadores.

“Passei um mês estudando e decorei nomes e fisionomias de todos eles, até de seleções que têm nomes mais complexos, como a Rússia e a China”, conta ele. Expressões como “lacradora” e “aqui não, queridinha”, disparadas por ele nos jogos da seleção feminina, movimentaram as redes sociais. Na vitória do Brasil contra o Japão, semana passada, Rômulo estava atacado. Mandou o time japonês “caçar Pokémon em Osasco” e cantou ‘Ragatanga’, sucesso do grupo feminino Rouge, para comemorar um ponto feito pela jogadora Gabi ao fim do terceiro set da partida. A canção, você deve lembrar, foi envolvida numa fofoca de que sua letra teria versos satânicos. “Eu lembrei da música e já estava preparado para falar que a jogadora que fizesse um ponto estava possuída pelo espírito da ‘Ragatanga’”, brinca. “Todo mundo gostou e viralizou. Mas teve um contexto”.

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