Por karilayn.areias
Cleo PiresDivulgação

Rio - Fã das primeiras edições do ‘Big Brother’, da Globo, e das temporadas de ‘Keeping Up with the Kardashians’, do canal E!, Cleo Pires diz que não faria um reality show. “Tenho segredos demais para participar de um reality. Não conseguiria me mascarar. Não nasci muito para isso”, conta, com um certo ar de mistério. Para Cleo, quando se trata da produção estrelada pela família americana Kardashian, a razão de ela se identificar é simples. “É porque me lembra a minha família. Tem muita mulher, cada uma faz alguma coisa. Acho legal assistir”, confidencia ela, intérprete da Sabrina, uma das personagens da série de suspense ‘Supermax’, que estreia no próximo dia 20, na Globo.

Na trama, a atriz encarnará uma psicóloga que resolve se arriscar em um pseudo-reality show, em que 12 pessoas serão trancafiadas em uma penitenciária de segurança máxima no meio da Floresta Amazônica. O vencedor sairia do programa com um prêmio de R$ 2 milhões. Mas tem um detalhe: cada participante esconde um passado sombrio. E qual seria o segredo de Sabrina?

“Mistério. Ela é uma psicóloga que virou guerrilheira, que está no programa porque acredita no jogo e que vai ganhar e usar esse dinheiro em prol de uma causa maior. Ela é verdadeiramente uma guerreira”, defende a atriz.

Durante o lançamento da série, quando questionada sobre a recente polêmica envolvendo seu nome e o de Paulinho Vilhena na campanha Somos Todos Paralímpicos, a atriz optou por desconversar e focar na divulgação do trabalho. Para viver a guerrilheira, Cleo precisou usar dreadlocks e adorou. “Morro de saudade, me senti bem mais linda”, lembra.

Para ela, o único problema do dread era que, apesar de ser muito prático para algumas situações, era bem complicado para outras. “Se eu quisesse ir em uma cachoeira e molhar o dread, ele ficaria pingando o resto do dia. Ou eu iria para casa secar com secador até ele ficar pronto. Isso eu achava chato. Mas visualmente não tem nada mais bonito para mim”.

Selfie de Cleo (Sabrina) com Mariana Ximenes (Bruna) e Erom Cordeiro (Sérgio)%2C colegas de ‘Supermax’Reprodução Internet

A série terá um tom de reality apenas no primeiro episódio, que conta com a participação de Pedro Bial ciceroneando os participantes. Nos dias seguintes, Bial não aparecerá mais, e a dinâmica da atração será basicamente uma mistura de aventura, suspense, policial e terror. Além, claro, da luta pela própria vida e conseguir sair da penitenciária ileso em meio a mutilações e estrangulamentos com o mínimo de sequela possível. “Tinha um clima sombrio, de medo, suspense, que a qualquer hora alguma coisa macabra pode acontecer. Isso era fantástico. Muitas vezes, a gente nem estava gravando e cada um continuava na sua cela, mexendo no celular ou lendo. Sinto saudade”, revela.

Como estará no ar paralelamente em duas produções — ‘Haja Coração’ e ‘Supermax’ —, Cleo vê com bons olhos esse fato atípico na emissora. Para ela, isso será como uma forma de exercício para o público e jornalistas. “São personagens distintas, em contextos distintos. Cada coisa tem sua gavetinha. Foi e será um desafio interessante”, define.

Já em ‘Supermax’, Cleo conta que enfrentou situações complicadas para gravar. Mas não entra em detalhes para evitar vazamento e manter o suspense da produção. “Tiveram algumas coisas que eu não tinha nenhuma referência emocional daquilo que eu ia vivenciar. Nem perto. Foi muito difícil chegar naquele lugar, naquela situação”, divaga.

Com 22 anos de carreira, a atriz diz que poderia ter outras áreas de atuação. “Não sei se seria atriz para sempre. Não consigo dizer que quero uma coisa para sempre. É difícil porque eu sempre mudo. Todos mudam. Me reservo esse direito. Acho que é bom para a evolução do ser humano”, salienta. Ela explica que deseja fazer várias coisas, pois o que não faltam são boas oportunidades na vida, e pode ser que apareça alguma que ela tenha mais vontade. “Gosto de música, acho que seria uma boa empresária”, arrisca.

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