Em tempos de spin offs, não é só a série 'Star Wars' que está produzindo os seus 'Rogue One', 'Solo'. 'Onze Homens e Um Segredo' também entra bem na fórmula. 'Oito Mulheres e Um Segredo' surgiu como um projeto de Sandra Bullock, que foi bater na porta de George Clooney e Steven Soderbergh pedindo a autorização dos dois. Ela se chama Debbie, é irmã de George e, de cara, sai da cadeia. Promete levar uma vida honesta. Mentira. Em liberdade, Deb e Lou/Cate Blanchett recrutam outras seis mulheres para um grande golpe.
Roubar o Met Gala, de NY, pode não ser pouca coisa, mas elas dão conta. O plano consiste em roubar um valiosíssimo colar de diamantes que será usado por Anne Hathaway na festa. Para isso, Sandra e Cate precisam cooptar Helena Bonham Carter como a estilista que vai criar o modelo para Anne.
Em fase de empoderamento feminino, Hollywood não está nem aí para a tal de ética. As mulheres querem ser as melhores em tudo até no crime.
Mas elas são pérfidas. Sandra sai da cadeia não apenas com milhões de dólares. Também quer vingança do ex-namorado que a traiu. O plano envolve tecnologia de ponta e Rihanna revela-se poderosa na arte de hackear. São mulheres, e você pode apostar que os figurinos serão indicados para o Oscar do ano que vem. É um desfile de roupas que enche os olhos.
Mulheres poderosas, mas tem um homem nessa história toda. Gary Ross tem levado uma carreira esquisita em Hollywood. Depois do ótimo 'Seabiscuit'/'Alma de Herói', formatou 'Jogos Vorazes' e fez um trabalho dos mais eficientes, mas pediu tempo para a máquina do cinemão, que estava mais interessada em manter os prazos de estreias das sequências. Resultado: foi chutado. 'Oito Mulheres' está tendo alta aceitação nas redes sociais. O estúdio já fala em continuação. Ross poderia se livrar da maldição e continuar no comando.