Imagem do documentário 'O Desmonte do Monte', com direção de Sinai Sganzerla: amanhã nos cinemas - Divulgação
Imagem do documentário 'O Desmonte do Monte', com direção de Sinai Sganzerla: amanhã nos cinemasDivulgação
Por O Dia

Rio - A partir de amanhã, as salas de cinema do Rio recebem o documentário 'O Desmonte do Monte', que conta a história do Morro do Castelo, marco da fundação do Rio de Janeiro pelos portugueses, e seu desmonte devido a interesses imobiliários. O filme é dirigido por Sinai Sganzerla, que também atua nas áreas de pesquisa, curadoria e musicoterapia. Já a narração do filme fica por conta de Helena Ignez (mãe da diretora), Negro Leo e Marcus Alvisi.

O Morro do Castelo foi escolhido pelos colonizadores portugueses como local para construção das primeiras moradias na capital fluminense e posteriormente foi destruído sob o argumento de 'higienização da cidade'. Para Sinai Sganzerla, diretora do longa-metragem, a história ainda é pouco conhecida pelo grande público.

"Apesar de fundamental para o entendimento de nossa fundação, esta história ainda é pouco conhecida e divulgada. Apenas no fim dos anos 90, começam a surgir livros sobre o tema e relatos mais detalhados. Quando descobri, fiquei fascinada e motivada a contar a trajetória da região", explica Sinai. "O filme cobre 465 anos de história do Rio de Janeiro, desde a guerra entre franceses e portugueses e o extermínio de índios que antecederam a fundação até os dias de hoje", completou.

Outro ponto abordado pelo longa-metragem é a lenda do tesouro, onde pedras preciosas teriam sido armazenadas nas galerias subterrâneas do morro por jesuítas da época colonial. Além disso, o documentário leva ao público depoimentos de ex-moradores do Morro do Castelo e de engenheiros que participaram de seu desmonte.

"Além de detalhar toda essa história, quis fazer uma analogia com as remoções que até hoje são realizadas sob falsos pretextos e com a constante desvalorização da nossa história", completa a diretora.

*Reportagem do estagiário Gabriel Thomaz, sob supervisão de Paulo Ricardo Moreira

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