“Acho que as mulheres estão a cada dia que passa mais empoderadas, donas de si e livres. Ainda há muito para se avançar na conquista pela igualdade de gênero, mas acredito que estamos evoluindo. Estamos cada vez cada vez mais maravilhosas e imbatíveis”, comemora a cantora que revela que, assim como retratado no projeto, também passou por relações tóxicas.
“Em vários níveis e instâncias (das mais profundas às mais sutis, das mais concretas às mais abstratas), nós vivemos relações tóxicas. Penso que a gente, enquanto humanidade, precisa curar muitas chagas para viver relações mais transparentes e corajosas, menos possessivas, controladoras, abusivas e manipuladoras”, pondera.
Parceria de luxo e novos planos
No segundo episódio/clipe do projeto, Duda recebe um convidado para lá de especial: Ney Matogrosso. E a cantora só tem a comemorar o resultado da parceria. “Ney é surpreendente! Ele sempre surpreende. Na elegância, no talento, na autenticidade, na disposição, no pique, na disponibilidade, na vontade e no tesão que ele imprime em tudo o que ele faz. Ele se joga de cabeça. A gente já tem carinho e intimidade, mas sempre que estou na presença dele eu fico muito atenta, querendo absorver essa sabedoria e essa luz que ele é e emana”, conta a cantora que já tem outro projeto preparado para o ano que vem.
“Em 2021 (finalmente!), vou lançar meu segundo disco. Posso adiantar que ele chamar-se-á ‘Caco de Vidro’, que tá bem lindo, bem vibrante, bem heterogêneo (tem funk, tem pagodão baiano, tem folk, tem ritmos latinos) porém coeso. E tô louca pra poder dividir isso com todo mundo!”, brinca.
Lutas sociais
Além dos desafios enfrentados pelas mulheres, Duda também revela o desejo de ver o fim de outras mazelas que assolam o cotidiano do brasileiro, como as mortes em decorrência do racismo estrutural. “Eu adoraria ver um impeachment do presidente Bolsonaro, por exemplo. Adoraria que a gente não precisasse mais se revoltar porque mataram um homem negro em um supermercado. Adoraria que a gente não precisasse discutir conceitos como ‘estupro culposo”. Adoraria a cultura tivesse o valor e reconhecimento que merece, que fosse vista como ferramenta imprescindível pra qualquer transformação sociopolítica, em vez estar à cada dia mais oprimida e sucateada. Adoraria que não tivesse gente passando fome, gente desempregada, gente sem acesso a estudo, a saúde. Adoraria que os movimentos sociais que militam por direitos constitucionais como moradia não sofressem atentados. A lista é tão grande… e a gente tá tão exausto de lutar por sobrevivência que fica difícil pensar em grandes transformações de imediato”.