- ALISSON LOUBACK / NETFLIX © 2021
ALISSON LOUBACK / NETFLIX © 2021
Por Nathalia Duarte
E se os seres das lendas urbanas brasileiras estivessem andando por aí, à solta pelas ruas brasileiras? É com essa premissa que estreia, nesta sexta-feira, “Cidade Invisível”. A nova série brasileira da Netflix faz uma mistura do místico, com uma boa história de suspense como plano de fundo, e tem no elenco a participação de Marco Pigossi, Alessandra Negrini e Jessica Córes.

Na trama, Eric, personagem de Pigossi, é um policial ambiental que perde a mulher em um incêndio florestal. O policial, então, tenta a todo custo desvendar o mistério da morte da esposa, principalmente após o aparecimento de um boto cor-de-rosa na orla do Rio e uma série de outros eventos fantásticos que, para ele, estão interligados. Com isso, Eric chega ao bairro da Lapa, no Centro da cidade, e lida com Inês (Alessandra Negrini), Camila (Jessica Cores) e Isac (Wesley Guimarães). O que ele ainda não sabe, é que cada um é um personagem famoso das lendas urbanas. Inês é a Cuca, Isac o Saci e Camila, a Iara. Ao fim, a trama policial e o mistério urbano se misturam enquanto o policial caminha em busca de respostas.

“O Eric é o que liga o cotidiano ao místico. No início ele tem aquele medo do diferente, do que é desconhecido. A partir do momento que ele vai voltando para as suas origens, vai vendo que todo mundo tem suas conexões com esse outro universo. É uma história de união no final das contas”, explica Marco.

O grande diferencial da série está por conta da saída do lugar comum. Esqueça o que você conhece desses personagens e esteja aberto a novas possibilidades como, por exemplo, a Cuca dona de um bar. “É uma coisa nova, apesar de a gente ter o feedback do folclore, é novo porque está no ambiente urbano. São as entidades meio que perdidas, elas estão meio marginais na cidade, sobrevivendo ali, inventaram formas de viver ali. Essa mistura dos elementos é muito interessante. Deixa as pessoas instigadas; Acho essa releitura sensacional”, opina Alessandra.
Referências
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Para mergulhar no universo dos personagens, além do trabalho de preparação, cada ator trouxe, também, a sua bagagem de vida. "Minha mãe é pedagoga e sempre contava histórias para mim antes de dormir. Isso ficou voando na minha imaginação. Essas histórias do folclore foram fundamentais para eu ser o que sou. Claro que tinha medo da Cuca, do Bicho Papão, eu realmente acreditava no Saci. Eu vivia aquilo na carne. Eu ia passear na floresta, no rio, eu ia atrás deles. Foi fundamental para ter formado quem eu sou como pessoa hoje", relembra Alessandra.
Já para Jessica, a história foi um pouco diferente. "Eu fui adotada muito tarde e não tive essa experiência de alguém contando histórias. Fui adotada com 6 anos e meu processo não era de ter troca. Eu felizmente pude conhecer na escola", pontua.
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E Marco teve nas histórias de Monteiro Lobato o pontapé inicial nesse mundo fantástico. "Eu era fascinado pelos livros do Monteiro Lobato. O que eu acho que essa série traz o grande diferencial é que tira o folclore de uma coisa infantil e traz para o universo adulto, do agora e urbano. Mostra como eles estariam dentro do urbano. Nos ajudou a formar como pessoa, como criatividade, e isso é muito interessante".
Expectativas
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Além do Brasil, a série será transmitida para mais de 190 países através do serviço de streaming. Uma oportunidade para o público de fora conhecer um pouco mais sobre as lendas brasileiras. "Eu quero mais é que as pessoas amem, assistam, curtam, que se identifiquem, aprendam e sintam. O que é mais legal é que não e só fantástica. É um thriller policial, tem o magico da natureza, tem história de família. A gente tem todos os elementos. Não é para um público específico", torce Marco.
"Estou acreditando que ela seja universal. Que essas histórias bem contadas façam com que o nosso íntimo seja universal", completa Alessandra.