Rio - A atriz Erika Januza atribui ao enredo deste ano o fato de se sentir mais nervosa do que em sua estreia como rainha de bateria da Viradouro no ano passado. A escola de Niterói é a última a desfilar no segundo dia de apresentações do Grupo Especial e encerra o Carnaval na Sapucaí.
"Que bom que agora todos conhecem Rosa. Muita gente não conhecia inclusive eu. É muita identificação contar história de uma mulher negra. Trazer luz a uma mulher invisibilizada", afirma.
Com a fantasia Afecto, a proposta é que a rainha desfile possuída pelas vozes das almas que a courana ouvia e as chamava de afecto. A partir deste conceito, Erika sugeriu usar olhos cor de mel, que lhe confere um ar misterioso.
Inspirada em Rosa Maria Egipcíaca, a Unidos da Viradouro fará um cortejo na Sapucaí à santa africana que o povo aclamou. Das águas para o paraíso, a Furacão Vermelha e Branca garante que aquecerá os tambores para o desfile em louvor à mulher negra que virou divindade por canonização popular.
O enredo conta a história de vida de Rosa Maria, uma mulher negra e escravizada, em seis momentos cronológicos durante o desfile. Rosa Maria é apontada como a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil e a mais documentada na diáspora entre Brasil e África, de acordo com estudos do antropólogo baiano Luiz Mott.
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