Salgueiro foi a terceira escola a desfilar neste primeiro dia do Grupo EspecialReginaldo Pimenta

Rio - Com alegorias mais modestas que as habituais, o Salgueiro foi a terceira escola a passar pela Sapucaí neste primeiro dia de desfiles do Grupo Especial. Com enredo sobre povo Yanomami, a agremiação da Tijuca levantou a Sapucaí com um dos sambas mais elogiados da safra de 2024, mas trouxe um desenvolvimento de enredo menos crítico que o esperado.
Em seu segundo ano à frente do Acadêmicos do Salgueiro, o carnavalesco Edson Pereira assinou um trabalho alegórico mais modesto que o habitual. A escola da Zona Norte desfilou com carros não tão grandiosos e também com um acabamento problemático.
Outro fator negativo foi o desenvolvimento do enredo. Algumas alas tiveram uma comunicação pouco clara com o público. O andamento do desfile foi positivo, sem problemas para a entrada de carros e nenhum grande buraco que comprometesse a evolução do Salgueiro.
O ponto positivo ficou nos quesitos de chão. O canto da comunidade levantou a Sapucaí e o andamento do samba fluiu muito bem. Considerado um dos melhores sambas da safra de 2024, a obra assinada por Dudu Nobre teve um excelente rendimento na Sapucaí. Tanto os componentes da escola, quanto boa parte do público no Sambódromo cantou a pleno pulmões a canção que entoou a apresentação salgueirense.
O carro de som comandado pelo intérprete Emerson Dias também foi um dos destaques do desfile do Salgueiro. A bateria comandada pelos mestres Guilherme e Gustavo cumpriu o seu papel, levantando a Sapucaí em muitos momentos e garantindo o excelente andamento do samba.