Luma de OliveiraReprodução/Instagram

Rio- Rainha do Carnaval durante anos, Luma de Oliveira, 60 anos, gosta de assistir aos desfiles na Sapucaí direto da frisa, que fica bem perto da avenida. Em desabafo no Instagram, ela reclamou dos tapumes colocados por alguns camarotes para separar os espaços entre os convidados e o público.

"Reparem que o camarote ao lado colocou um tapume para dividir o seu 'lounge' da frisa. Muitos camarotes compram o espaço na parte de cima e os estendem até a passarela, por isso o número reduzido das frisas atualmente. Acho até que em pouco tempo elas desaparecerão, o que será lamentável", iniciou ela na madrugada desta quinta-feira (13).
Luma disse já assistiu aos desfiles da arquibancada e de um tempo para cá passa um pouco nos camarotes que é convidada. "Em alguns sou chamada para ser madrinha, agradeço, mas não quero função em uma hora que espero o ano todo para ver meus amigos se apresentando, então compro frisa para levar meus outros amigos e passo a maior parte do tempo ali", continuou.
"Voltando aos tapumes, vejo que cada vez mais estão dividindo as pessoas como se os ocupantes das frisas fossem invadir o espaço ao lado. Os organizadores dos camarotes ainda não entenderam que quem comprou frisa e está assistindo quase dentro das escolas, está ali por algo imensamente maior do que incomodar seus convidados", desabafou.
Ela falou ainda que não acha constrangedor porque faz amizade com todos do “lounge” em questão de minutos. "Mas penso na intimidação que essa barreira pode causar às outras pessoas que estão nas frisas, que meio que são vistas como uma ameaça. Se tiver que ter muro, que seja para impedir a entrada de pessoas descredenciadas na pista. Lembrando sempre que os verdadeiros artistas desse espetáculo, estão desfilando nas suas escolas", concluiu.
Rainha do Carnaval
Luma estreou na avenida como passista da Portela, em dois desfiles, no início da década de 1980. Em 1987, ela encantou a Marquês de Sapucaí com os seios à mostra ao desfilar como madrinha de bateria da Caprichosos de Pilares.
Desfiliou também na Mangueira nos anos 90 e polemizou em 1998, na Tradição, ao desfilar com uma coleira com o nome do então marido Eike Batista.
Passou pela Viradouro e, em 2004, desistiu de sair à frente da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, alegando uma falsa gravidez, como uma tentativa de salvar seu casamento com Eike.
Luma anunciou em 2011 que não desfilaria mais no Carnaval.