Funcionários trabalham para preparar o SambódromoReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Com foliões ansiosos, trabalhadores finalizam últimos ajustes no Sambódromo
Marquês de Sapucaí tem grande movimentação de funcionários na manhã desta quinta-feira
Rio - O Carnaval está batendo na porta e o Sambódromo volta a receber os olhares de todo o mundo. Nessa contagem regressiva, a correria na Marquês de Sapucaí é marcada por trabalhadores que carregam equipamentos e ferramentas para concluir a preparação do "maior espetáculo da Terra". Ao longo da manhã desta quinta-feira (27), em meio aos funcionários, um van parava a cada 30 minutos na esquina com a Rua Benedito Hipólito para que turistas internacionais tirassem fotos com o grande arco da Praça da Apoteose ao fundo.
O ambulante Lincoln Cardoso, de 62 anos, não perdeu tempo e posicionou um isopor com bebidas bem em frente ao local de parada da van. Ele contou que trabalha há 20 anos nas proximidades da Sapucaí durante o Carnaval, mas tem notado uma queda nas vendas. "Esse ano, está mais difícil. Muita gente desempregada, muita gente trabalhando na rua... Caiu muito o movimento", opinou o vendedor.
Já a comerciante Regiane Lima, de 49 anos, atua há 14 anos em uma loja de diferentes produtos, como bebidas e comidas, na Rua de Santana, bem próximo ao Sambódromo. Ela explica que, sem dúvidas, o Carnaval é a época do ano com maior movimentação no estabelecimento, principalmente por conta dos desfiles. Além disso, pontuou que os ensaios técnicos tiveram um impacto nas vendas que não era esperado.
"Aqui, vem mais o pessoal que está se preparando para entrar no Sambódromo, assistir às escolas de samba. Em bloco, é mais de passagem, pessoal que está indo para a Avenida Presidente Vargas. Os ensaios técnicos deram uma movimentação bem boa mesmo! Não era esperado. Um pessoal muito tranquilo, eu senti que o povo está mais educado do que antigamente. Até com uma preocupação de manter o local limpo, que antigamente não tinham. Está mais organizado", explicou.
Na manhã desta quinta-feira, as proximidades da Marquês de Sapucaí também estavam tomadas por trabalhadores que estão atuando na preparação do Sambódromo. O eletricista Alan Ferreira, de 27 anos, estava passando pela Rua de Santana e chegando para ajudar na montagem de um camarote. Ele explicou que o trabalho está sendo duro, mas será recompensado.
"É muita correria: tem hora para chegar, mas não tem hora para sair. Quando mandam fechar o Sambódromo, a gente sai. A melhor parte é porque a gente trabalha, mas durante o evento nós aproveitamos. Quando está acontecendo o evento, aproveitamos bastante. Já estamos dentro do Sambódromo, então não tem como não aproveitar", contou.
Já o arquiteto Anderson Felício, de 54 anos, prefere aproveitar o Carnaval de outra forma, mesmo que esteja atuando nos preparativos do desfile. "Estou trabalhando em algumas ativações e em camarotes também. Fiscalizo a produção, resolvo problemas que forem surgindo. Os primeiros dias são complicados por causa do trabalho, mas a partir de segunda-feira já dá para descansar um pouquinho, pegar uma praia. Prefiro descansar, porque a gente trabalha muito antes do Carnaval. Longe da confusão", disse.
Pelo Centro, também tem quem não está trabalhando nos ajustes finais, mas já está pensando na festa. O administrador Vinicius Araújo, de 25 anos, parou para almoçar no tradicional Bar Sambódromo na companhia dos amigos Matheus Pessoa, Gustavo Peçanha e Vinicius Araújo. A animação para os desfiles é grande, assim como a torcida pelo título da Imperatriz Leopoldinense.
"Eu gosto muito de ir em blocos no Aterro do Flamengo. Também Ipanema, Copacabana, por causa da praia. No Centro também é muito bom. Gosto dos desfiles, vou assistir no Sambódromo, se Deus quiser. Curto muito escola de samba também, curto bloco. Amo Carnaval, sou Imperatriz Leopoldinense. Minha expectativa está alta, quero curtir com meus amigos, beijar muito na boca, curtir os desfiles, a apuração na quadra da minha escola… Que a Imperatriz seja campeã", desejou.
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