Viviane Araujo fala sobre expectativa para 2025: ’A gente está buscando muito esse título’Karollayne Mendes / Divulgação

Rio - Um dos maiores ícones do Carnaval carioca, Viviane Araujo entra mais uma vez na Marquês de Sapucaí para defender o posto de rainha das rainhas. À frente da bateria do Salgueiro, a atriz de 49 anos se prepara para cair no samba com a agremiação, que é a terceira a desfilar nesta segunda-feira (3). Sobre as expectativas para para este ano, a artista dá um spoiler: "O Salgueiro vem para brigar. A gente está buscando muito esse título".
Pronta para o momento especial que marca 30 anos desde seu primeiro desfile na Avenida, Viviane tem este dia como uma de suas memórias mais especiais. A atriz conta que seu pai, Josenir Guedes, falecido em 2013 após uma longa batalha contra uma anemia profunda, foi uma das figuras principais em sua estreia.
"São tantas memórias! Uma, que me marcou muito, foi no meu primeiro ano, minha primeira vez mesmo. Eu sozinha com meu pai, ele me deixando na concentração e eu sozinha para subir num carro. Claro que tinha gente da escola, mas fui, fiquei sozinha, desfilei sozinha, cheguei na dispersão sozinha. Meu pai estava lá, do lado de fora do portão, lá na na dispersão, me esperando. Eu logo avistei meu pai. Essa é uma memória muito forte que eu tenho", recorda. 
Além deste, outro momento que se tornou marcante para a rainha de bateria aconteceu no ano de 2009, última vez em que o Salgueiro levou o título, com o enredo "Tambor", do carnavalesco Renato Lage.
"Ao longo desses anos todos tem várias memórias. O campeonato do Salgueiro, em 2009, com o enredo 'Tambor' também. Quando você entra na Avenida, realmente você sente uma coisa que mexe. Você sente que vai acontecer algo", explica ela, que está à frente da Furiosa há 17 anos.
Neste ano, a Vermelho e Branco da Tijuca defenderá o enredo "Salgueiro de Corpo Fechado", de autoria do carnavalesco Jorge Silveira, e promete brigar pelo título. Experiente no cargo, a intérprete de Rosana em "Volta por Cima", da TV Globo, entrega que tem uma superstição para entrar na Avenida. "Tenho fé. Eu acredito na minha fé, nos deuses, nos meus orixás também. Antes de entrar na Sapucaí, a gente pede proteção… faço minha minha reza", comenta.
Sem dar spoilers sobre sua fantasia, Viviane apenas adianta que o público pode esperar uma produção diferente. "É bem bacana, legal e diferente. É um pouco pesadinha, mas é bacana", diz ela, que participa de todo o processo criativo dos adereços.
"Dou todas as palavras! Eu falo, eu converso muito com o carnavalesco. Ele me pergunta como eu gosto, para ele também ter esse entendimento na hora de desenhar. Depois do desenho, a gente vai adaptando algumas coisas e eu sempre vou falando, vou mostrando para ele como está ficando também", explica.
Despedida de Paolla Oliveira e futuro no Carnaval
Outra grande potência do Carnaval carioca, Paolla Oliveira anunciou que este ano será a última vez em que assumirá o posto de rainha de bateria da Grande Rio. A despedida da atriz deixou Viviane pensativa sobre o próprio momento em que deixará a Marquês de Sapucaí. 
"Eu falo assim: 'Gente, como vai ser meu último desfile?'. E eu acho que o dela está sendo tão bacana, tão lindo, tão respeitoso, tão bonito, da maneira que está sendo conduzido. E é isso, a vida é feita de escolhas. Ela quis escolher assim. Acho que está fazendo bem para ela, mas com certeza ela vai fazer falta, porque a Paolla é uma alegria. Paolla é uma potência, é linda, é energia, é luz. Vai fazer bastante falta esse símbolo que é a Paolla dentro do Carnaval", afirma.
Sobre sua despedida, Vivi revela que ainda não tem planos, mas reconhece que este momento um dia chegará. "Penso que um dia não estarei mais, mas não sei ainda quando, porque acho que ainda tem mais um pouco. O que eu falo, é que o meu filho transformou a minha vida. Tudo o que eu faço é pensando nele. E eu quero que ele sinta, que ele veja, que ele entenda, porque hoje ele já vai para os ensaios, mas ele ainda não tem um entendimento do significado disso para mim, para minha vida. Eu quero que, realmente, ele entenda essa magia, esse amor e esse respeito que eu tenho pelo Carnaval", ressalta. 
Mamãe de Joaquim, de 2 anos, fruto do casamento com Guilherme Militão, a artista conta que o pequeno já acompanha ela no mundo do Carnaval. "Meu filho é um barato! Ele agora fala assim: 'Mamãe vai trabalhar'. Aí ele fala: 'Mamãe vai sambar'. Na cabeça dele, ele fica lá dando uns pulinhos… é um barato", diz a rainha de bateria, que ainda não sabe se o menino trilhará o mesmo caminho dela na Avenida: "Ah, eu não sei, né… ainda é muito cedo para falar".