Mototaxista Thiago Marques Gonçalves desfila com a Estação Primeira de MangueiraRachel Siston/Agência O Dia
Rio - O mototaxista Thiago Marques Gonçalves, de 24 anos, desfila já na madrugada de segunda-feira (3) com a Estação Primeira de Mangueira. O jovem foi baleado no último dia 23, ao ser confundido com um assaltante por um policial militar da reserva e a mulher dele. Além dele, o influenciador Igor Mello, que estava em sua garupa, também foi atingido.
A Verde e Rosa foi para a Avenida com o enredo À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões, sobre a influência do povo Bantu na construção do que hoje é o Rio de Janeiro. Entre outros temas, a escola aborda a discriminação e a violência policial contra negros e nas favelas.
Para Thiago, que levou um tecido representando Igor, a participação no desfile das escolas de samba como destaque em um carro alegórico é como um grito por justiça.
"É um momento que a gente precisa muito para trazer esse manifesto (contra a violência policial) e em busca de justiça", declarou o jovem.
Thiago transportava Igor em uma viagem por aplicativo depois que ele deixou uma casa de shows na Penha, Zona Norte, onde também trabalha como garçom. Pouco depois, a dupla foi baleada pelo PM Carlos Alberto de Jesus, que os acusou de terem roubado o celular da mulher, Josilene da Silva Souza.
Igor foi atingido nas costas e acabou perdendo um rim, enquanto Thiago teve queimaduras por ter pulado da moto no momento do ataque. O mototaxista agradeceu o convite da Mangueira, que entendeu como uma aliada na luta contra a violência.
"É um sentimento de alívio, de agradecimento por a Mangueira estar nos proporcionando esse momento. É um momento incrível e de muito agradecimento à Mangueira".
A Verde e Rosa foi para a Avenida com o enredo À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões, sobre a influência do povo Bantu na construção do que hoje é o Rio de Janeiro. Entre outros temas, a escola aborda a discriminação e a violência policial contra negros e nas favelas.
Para Thiago, que levou um tecido representando Igor, a participação no desfile das escolas de samba como destaque em um carro alegórico é como um grito por justiça.
"É um momento que a gente precisa muito para trazer esse manifesto (contra a violência policial) e em busca de justiça", declarou o jovem.
Thiago transportava Igor em uma viagem por aplicativo depois que ele deixou uma casa de shows na Penha, Zona Norte, onde também trabalha como garçom. Pouco depois, a dupla foi baleada pelo PM Carlos Alberto de Jesus, que os acusou de terem roubado o celular da mulher, Josilene da Silva Souza.
Igor foi atingido nas costas e acabou perdendo um rim, enquanto Thiago teve queimaduras por ter pulado da moto no momento do ataque. O mototaxista agradeceu o convite da Mangueira, que entendeu como uma aliada na luta contra a violência.
"É um sentimento de alívio, de agradecimento por a Mangueira estar nos proporcionando esse momento. É um momento incrível e de muito agradecimento à Mangueira".
Relembre o caso
Igor foi baleado após sair do trabalho, na noite do dia 23, pelo policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus. Ele estava sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, suspeito de participar do roubo de um celular. Thiago foi detido pelo mesmo crime. Apenas na terça-feira (25), a Justiça do Rio mandou soltar os dois. O caso aconteceu após a mulher do agente, a cabeleireira Josilene da Silva Souza, culpar injustamente os dois pelo crime.
O influenciador recebeu alta neste domingo (2). Ele passou por cirurgia e perdeu um rim. Igor cursa publicidade e propaganda na Faculdade Celso Lisboa e trabalha no setor administrativo da instituição. Ele sonha em ser jornalista esportivo e para complementar a renda, durante a noite, atua como garçom na casa de samba 'Batuq'.
Já Thiago é pai de dois filhos, um de 2 anos e outro de 8 meses, e tinha acabado de iniciar a corrida de Igor quando ambos foram perseguidos pelo PM. De acordo com Jaqueline, nenhuma prova do roubo foi encontrada com o filho.
O que disseram o PM e a mulher?
O PM reformado e a mulher alteraram a versão dos fatos em último depoimento prestado na tarde de terça-feira (26), em depoimento na 22ª DP (Penha). Inicialmente, o agente afirmou ter visto o influenciador armado na garupa da moto do motociclista Thiago Marques, o que o levou a atirar. Agora, ele afirma que Igor teria colocado a mão próxima à cintura e feito um movimento que sugeria estar armado.
O PM reformado e a mulher alteraram a versão dos fatos em último depoimento prestado na tarde de terça-feira (26), em depoimento na 22ª DP (Penha). Inicialmente, o agente afirmou ter visto o influenciador armado na garupa da moto do motociclista Thiago Marques, o que o levou a atirar. Agora, ele afirma que Igor teria colocado a mão próxima à cintura e feito um movimento que sugeria estar armado.
Carlos Alberto acrescentou ainda que ordenou a parada dos dois homens, mas eles não obedeceram. Josilene também modificou trechos de seu depoimento e incluiu novas informações. Agora, ela recua da alegação de ter visto uma arma com os acusados e afirma apenas ter notado um volume na cintura de Igor, que acredita ser uma arma.
No primeiro depoimento, prestado na manhã de segunda-feira (24), Josilene afirmou ter visto um homem de blusa amarela armado, que teria apontado a pistola para o seu rosto, roubado seu celular e fugido em seguida.
No primeiro depoimento, prestado na manhã de segunda-feira (24), Josilene afirmou ter visto um homem de blusa amarela armado, que teria apontado a pistola para o seu rosto, roubado seu celular e fugido em seguida.
O caso está sendo investigado na 22°DP (Penha).
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