Rainha de bateria da Mangueira, Evelyn BastosReprodução / redes sociais

"A escola de samba vai além da escola formal, ela traz esse ensinamento afro, temos muitas escolas nesse carnaval trazendo grandes enredos afro e, por mais que as pessoas achem que é a mesma coisa, não é a mesma coisa, ninguém acha que é a mesma coisa quando se trata do continente europeu", afirmou.
"A gente não pode permitir que no continente africano as pessoas achem que é a mesma coisa. Temos muitos, muitas histórias, muitas culturas, muitos saberes e que precisam na nossa festa que originou todo esse sucesso falarmos da nossa origem, da nossa gente, do nosso povo, da nossa sexualidade", completou.
A fala de Evelyn vai de encontro às recentes falas polêmicas do carnavalesco Paulo Barros, da Vila Isabel. Ao jornal 'Folha de São Paulo', ele afirmou que os "desfiles com temática africana são todos iguais, e ninguém entende nada".
Sobre os últimos preparativos para entrar na Avenida, Evelyn contou que o espiritual é um doa pontos importantes a se trabalhar. "Eu sou uma mulher nascida e criada no Candomblé, tenho meus rituais afro, mas estou também universalista, porque eu acendo incenso, me conecto com a natureza, peço a benção, faço a oração Jesus Cristo e sempre agradecendo", explicou.
Sobre o sentimento de desfilar pela Mangueira, Evelyn foi enfática ao dizer que cada ano é diferente. "Uma emoção diferente! Eu digo que o dia que não der, tem alguma coisa estranha, alguma coisa diferente. Que bom que dá! Que isso também é amor à escola, é responsabilidade, é emoção, e tudo isso faz parte de quando a gente ama muito a nossa escola", afirmou.
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