Algumas pessoas tiveram que pular a grade depois que a Mangueira desfilouReprodução X
Novidade do Carnaval, roda de samba no final do desfile causa polêmica na Sapucaí
Enquanto algumas pessoas gostaram da inovação, outras ficaram revoltadas com a falta de organização
Rio - O primeiro dia de desfile do Grupo Especial teve uma grande novidade: roda de samba na Praça da Apoteose após o término do desfile. Na madrugada de segunda-feira (3), quem se apresentou aos foliões foi o tradicionalíssimo Cacique de Ramos. O show aconteceu logo após a passagem da Estação Primeira de Mangueira, última a cruzar a Sapucaí.
Além do Cacique de Ramos, também se apresentarão as rodas do Beco do Rato, na madrugada de terça-feira (4), Samba do Trabalhador, na madrugada de quarta (5) e Terreiro Criolo, no sábado (8).
A novidade promovida pelo presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, de 27 anos, causou polêmica. Uma das intenções era de diminuir o fluxo do transporte público para que as pessoas não saíssem da Marques de Sapucaí ao mesmo tempo.
No entanto, muitas pessoas criticaram a aglomeração que se formou com o evento, tornando a saída do Sambódromo difícil e demorada.
"Mais de 30 minutos os seguranças travando... Que roda de samba é essa?!?! Vergonhoso... Todo mundo tendo que pular a grade...", desabafou um internauta.
"(A roda de samba) tá boa mas foi caos para entender como ia funcionar. Várias senhoras tendo que pular a grade porque não dava para chegar e não tinha saída", relatou uma outra pessoa.
Uma outra internauta também se revoltou: "Que absurdo o que aconteceu hoje. Após o arrastão, os seguranças não abriram os portões para acessar no palco do suposto show, todo mundo teve que pular uma cerca à esquerda, criança, idoso, jovem. E depois não quiseram abrir outro portão para pessoas ir embora. Muito desorganizado!".
Teve folião que curtiu a ideia e preferiu ficar na arquibancada esperando o fluxo passar, como a Mariana Lucas: "Eu fiquei sentadinha na arquibancada ouvindo, esperando o fluxo do metrô dar uma diminuída".
Mas a maioria parece não ter ficado muito feliz com a novidade. Ao menos neste primeiro dia.
"Estava no setor 13 e do nada cortou o som e em seguida começou no palco. Daí exibiram nos telões. Até liberar o acesso para o povo que desceu dos camarotes foi osso. O arrastão não existiu e o povo das arquibancadas começou ir embora. Estava meia boca para ruim", disse um internauta.
Outro folião afirmou que "o palco liberou logo depois do desfile da Mangueira e ficou uma zona porque entre o arrastão e o portão tinha um monte de caminhão propaganda e em frente ao palco estavam todos os carros alegóricos, uma bagunça", reclamou.
Teve um internauta que ficou ainda mais revoltado. "Tenebroso define!! Tem que odiar muito escola de samba para interromper o arrastão e o som da bateria abruptamente para meter uma roda de samba no palco… juro! O final mais frustrante que já presenciei na Sapucaí! O funk no radinho da comunidade ao redor estava mais animado", exagerou.
Procurada, a Liesa ainda não se manifestou sobre os relatos. O espaço segue aberto.
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