Comissão de frente foi destaque na MangueiraPedro Teixeira/ Agência O Dia

Rio - Uma das escolas mais tradicionais do Carnaval do Rio, a Mangueira trouxe para a Sapucaí um enredo sobre o povo bantu, principal grupo étnico oriundo da África, que foi escravizado no Brasil. A Comissão de Frente foi o principal destaque da agremiação que teve alguns problemas nas alegorias.
A Mangueira começou o desfile levantando o povo na Sapucaí com sua Comissão de Frente, que foi a que mais levantou o público no Sambódromo neste primeiro dia de desfiles do Especial. O casal de mestre sala e porta-bandeira, Matheus Oliverio e Cintya Santos, também se destacaram na agremiação da Zona Norte.
O carnavalesco Sidney França, supercampeão em São Paulo, fez sua estreia no Rio. O artista assinou o enredo "À Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões", que aborda a chegada dos bantus pelo Cais do Valongo. A história foi bem contada, porém, o trabalho contou com problemas de acabamento em algumas alegorias e também defeitos nos carros durante o desfile. A evolução da Mangueira também apresentou oscilações e no fim os componentes tiveram que correr para não estourar o tempo. 
A bateria da Verde e Rosa foi um dos destaques do desfile. Taranda Neto e Rodrigo Explosão comandaram um verdadeiro show na Sapucaí. A comunidade da Mangueira mostrou a sua força de sempre e cantou bastante o samba na Avenida. O carro de som comandado por Marquinhos Art'Samba cumpriu o seu papel de forma positiva.
Sem vencer o Carnaval desde 2019, a escola da Zona Norte apresentou um componente alegórico inferior a Imperatriz e Viradouro, porém, com outros quesitos fortes também pode sonhar com uma luta pelos primeiros lugares no Especial.