Grande Rio homenageou o Carimbó e a Encantaria, cultura típica do Pará, com o enredo "Pororocas Parawaras"Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Com samba contagiante, Grande Rio rouba a cena no último dia de desfiles
Portela teve apresentação emocionante, mas pecou na evolução
Rio - A Grande Rio roubou a cena no último dia de desfiles do Carnaval de 2025, entre a noite de terça-feira (4) e a madrugada desta quarta-feira (5). A escola levantou a Sapucaí com homenagens ao Pará, abordando as Encantarias - crenças em seres espirituais e místicos da região - e o carimbó, dança típica do estado.
O samba da Invocada foi o grande destaque da apresentação. A Grande Rio mostrou um chão forte e a arquibancada acompanhou a bateria comandada pelo mestre Fafá.
Portela emociona, mas apresenta problemas
Escola mais aguardada da noite, a Portela protagonizou uma das cenas mais marcantes do Carnaval ainda no esquenta. A música 'Maria, Maria', do Milton Nascimento, grande homenageado da noite, foi cantada por todo o Sambódromo antes do inicio do desfile.
A agremiação, porém, teve problemas ao entrar na Avenida. O abre-alas passou por dificuldades ao acoplar, causando avarias e um buraco em frente ao primeiro modulo. Além disso, a fantasia do destaque de chão precisou ter o costeiro retirado e a alegoria que levava Milton ficou danificada ao agarrar na grade.
Mocidade faz bom desfile, mas não empolgou o público
Primeira a desfilar, a Mocidade entrou na Avenida com um enredo futurista, assim como aconteceu no primeiro titulo da escola, em 1985, com 'Ziriguidum 2001'. O samba abordou a origem cósmica das estrelas aos avanços científicos, passando por tecnologias atuais e criticas ao distanciamento entre humanidade e natureza.
A comissão de frente, com painéis de LED, foi a grande atração a impactar o público, mostrando que a tecnologia seria explorada durante o desfile. Além disso, o chão da comunidade se mostrou um grande trunfo, mas a empolgação não passou para arquibancada, que ainda estava fria.
Paraiso do Tuiuti tem correria para encerrar dentro do tempo
A Paraíso do Tuiuti apresentou um enredo marcante em homenagem a Xica Manicongo, primeira travesti não indígena do Brasil. No entanto, a escola teve sérios problemas de evolução.
Com dificuldades para manobrar, o abre-alas demorou a entrar na avenida. Com isso, a Tuiuti precisou correr para fechar o desfile com os exatos 80 minutos permitidos, evidenciando problemas de evolução e harmonia.
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