Rio - As seis primeiras colocadas no Grupo Especial se preparam para um novo espetáculo neste sábado (8), quando acontece o Desfile das Campeãs no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Com os barracões a todo vapor, os últimos ajustes são feitos para que as agremiações retornem à Avenida ainda mais deslumbrantes, corrigindo imprevistos e, em alguns casos, até incluindo surpresas inéditas.
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As apresentações seguirão a ordem inversa de classificação, começando pela sexta colocada, Mangueira, e fechando com a Beija-flor, campeã do Carnaval deste ano.
A escola trouxe para a Avenida o enredo 'Laíla de todos os santos, Laíla de todos os sambas', assinado pelo carnavalesco João Vítor Araújo, que entrou para a história da agremiação ao conquistar o 15º título.
Ao DIA, João Vítor disse que as alegorias estão passando por ajustes necessários para entregar um grande espetáculo no sábado. O carnavalesco revelou que a escola prepara uma surpresa inédita para o desfile.
"É voltar à avenida sem a tensão da competição, com o sentimento de reconhecimento pelo trabalho realizado. O coração bate forte nos dois momentos, mas no Desfile das Campeãs a gente se permite curtir de um jeito especial, com aquele gostinho de dever cumprido. Além disso, estamos preparando algumas surpresas para tornar essa apresentação ainda mais especial", confidencia.
A Viradouro fez os últimos ajustes nas fantasias e nas alegorias nesta sexta-feira (7), na expectativa de fazer uma volta triunfal. A escola de Niterói contou sobre Reis Malunguinho, líder do Quilombo do Catucá no início do século XIX, e ficou em 4º lugar na colocação da Liga.
"Estamos com um barracão a todo vapor, fazendo reparo tanto nas fantasias, quanto nas alegorias e teste dos efeitos. A Viradouro com certeza vai fazer um lindo desfile, um lindo espetáculo e a comunidade virá toda feliz", detalha o carnavalesco Tarcísio Zanon.
No barracão da Mangueira, os preparativos também seguem intensos. A escola encantou a Sapucaí com o enredo 'À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões', desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, que faz sua estreia no Carnaval carioca. O desfile destacou a influência dos povos bantos no Rio de Janeiro, um dos maiores grupos étnico-linguísticos entre os africanos escravizados trazidos para o Brasil.
"A Mangueira promete voltar à Marquês de Sapucaí com tudo aquilo com que passou no seu primeiro dia de desfile. Vamos desfilar de maneira completa para novamente encantar o público com as histórias do Rio de Janeiro bantu e suas histórias e heranças", contou Dudu Azevedo, diretor de Carnaval da agremiação.
A reportagem de O DIA procurou as outras escolas que vão desfilar, mas não obteve retorno.
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