Desfile do Grupo Especial Carnaval 2025 - Desfile da G.R.E.S Unidos de Padre Miguel, na Avenida Marquês de Sapucaí, no Centro do Rio de Janeiro, neste domingo (02).Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - A Unidos de Padre Miguel protocolou, nesta sexta-feira (7) um pedido de recurso na Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). A escola quer um posicionamento oficial da liga e a realização de uma plenária com as outras integrantes do Grupo Especial para debater as justificativas dadas pelos jurados para a perda de pontos no seu desfile.
As principais questões são a nota reduzida no samba-enredo por causa do uso da língua iorubá e a perda de pontos em função de uma falha técnica no caminhão de som. A escola defende que as palavras estrangeiras são cabíveis, considerando que o desfile abordou a chegada do candomblé ao Brasil. Além disso, diz que garantir o funcionamento do equipamento sonoro não é responsabilidade sua.
A iniciativa recebeu apoio de internautas que se mobilizaram nas redes sociais em apoio à escola, desde o resultado da apuração. 
“É emocionante saber que o povo do samba está ao nosso lado, reconhecendo o trabalho que fizemos na Avenida. Nós respeitamos profundamente todas as agremiações e todo o processo, mas não vamos deixar de lutar pelos nossos direitos e por justiça. Seguimos firmes, com a força da nossa comunidade e de todos que acreditam na verdade do nosso desfile", disse a diretora de Carnaval da escola, Lara Mara.
A Liesa também recebeu pedidos de recurso da Unidos da Tijuca, que protestou uma multa de R$ 80 mil, e da Grande Rio, que reivindica um décimo deduzido na avaliação da bateria, o que poderia torná-la campeã junto com a Beija-Flor.