Amber HeardEVELYN HOCKSTEIN/AFP

Rio - O júri do Tribunal do Condado de Fairfax, que inicialmente condenou Amber Heard a pagar o valor de US$ 15 milhões ao ex-marido Johnny Depp em razão do processo de difamação movido por ele, reajustou o valor, devendo a atriz pagar pouco mais de US$ 8 milhões de indenização.
Nesta quarta-feira, Depp venceu suas três alegações de difamação contra Heard. A defesa do ator alegou que a atriz o difamou em três pontos do artigo publicado em 2018 pelo jornal "Washington Post", quando relatou ter sido vítima de violência doméstica.
Os pontos que o júri entendeu como difamação foram: o trecho em que Heard afirma que falou "contra a violência sexual - e enfrentei a ira da nossa cultura"; outro trecho em que a atriz diz que "dois anos depois, eu me tornei uma figura pública representando o abuso doméstico, e senti a força da ira de nossa cultura contra mulheres que denunciam"; e a parte do artigo em que ela afirma que teve "o raro ponto de vista, em tempo real, como as instituições protegem homens acusados de estupro."
Ao vencer as três alegações, o júri fixou a indenização a ser paga por Amber Heard a Johnny Depp em US$ 10 milhões, referente à medidas compensatórias, e US$ 5 milhões, que se refere às medidas punitivas. O último valor foi reduzido pela juíza a US$ 350 mil para obedecer ao teto no estado da Virginia.

Já Amber Heard, venceu apenas uma das três alegações que fez. O júri entendeu que foi difamatória a afirmação feita por um dos advogados de Depp de que uma visita da polícia à casa do casal foi uma "emboscada, uma farsa" iniciada por ela. Por conta disso, a atriz vai receber US$ 2 milhões em medidas compensatórias, mas não haverá indenização por medidas punitivas.