Jade Picon estampa capa da revista ’Glamour’ de setembroDivulgação

Rio - A ex-BBB Jade Picon, a cantora Jojo Todynho e a atriz Isadora Cruz, protagonista de "Mar do Sertão", estampam a capa da edição de setembro da revista "Glamour", que chega às bancas nesta quarta-feira. As artistas falam sobre suas carreiras e seus sonhos. 
Jade Picon fala sobre o processo para estrear como atriz, críticas e fama na juventude. Ela também conta que ser atriz sempre foi um sonho. "Sempre foi. Depois que saí do reality show veio o teste de elenco. Eu não tinha nenhuma experiência, mas sempre fui uma pessoa extremamente dedicada, empenhada e focada. Pedi algumas semanas para me preparar, estudei, fiz o teste e passei! Foi aí que decidi interromper a minha vida de antes para me dedicar a isso: pausei a minha marca, me mudei para o Rio de Janeiro", afirma. 
"Desde o anúncio, lidei com o retorno negativo da mesma forma pela qual recebi os comentários sobre minha aparência quando tinha 14 anos. Ou quando lancei a minha marca aos 17. Ou quando eu entrei no BBB aos 20. Eu já estou acostumada, um pouco calejada, sabe? Eu me prometi que jamais deixaria de fazer algo por conta da opinião alheia. É claro que não é legal, mas não é algo que me faça desistir de um sonho", garante a influenciadora, que admite ser uma pessoa reservada. 
"Sou mais fechada mesmo. No BBB, falavam que ficava em cima do muro, mas na minha vida eu sou assim com pessoas — eu me fecho para observar e avaliar de quem eu quero me aproximar ou não. É algo que eu faço desde pequena e me faz bem. É muito importante saber quem é que está do seu lado, com quem você pode contar. No início, eu sou mais reservada porque, para mim, é uma forma de me proteger. Mas, depois que eu me abro, esquece", finaliza.
Jojo Toddynho responde sobre padrões estéticos e seu lançamento no pagode. "Sinto que contrario as estatísticas. Holofote não pode brilhar só para mulher padrão, acho que estamos chegando a uma retratação, pegando um lugar de direito. Meritocracia não existe para nós, pretos. Não temos nem o básico para chegar onde queremos. Por que só vemos pessoas brancas? Tem que ter Cris Vianna, Taís Araújo e Zezé Motta, tem que ter atrizes negras sem ser no papel de empregada, mas de donas da p*@!# toda. Acham que preto não tem capacidade. Também estudo muito para conseguir falar da minha história. Meu sonho é fazer faculdade, Psicologia e depois Direito. Faço aula de letramento racial para falar com mais propriedade. Aprendizado ninguém tira da gente", dispara.
Já Isadora Cruz, que estrela sua primeira capa, aborda sobre o preconceito com o sotaque e as raízes nordestinas. "Como mulher nordestina, sempre ouvi que as pessoas não tinham muito interesse em contar as nossas histórias. Não acho isso justo. Temos tantos artistas que merecem ser vistos, tantas histórias lindas para ser contadas nas nossas vozes, com a nossa alma. Quando comecei, não tinha esse espelho. O Brasil é plural, e não dar valor a essa qualidade é não enxergar a realidade", afirma.