Débora Falabella desabafa sobre stalkerReprodução/Instagram
Nos dias seguintes, a mulher mandou vários presentes para o camarim da atriz, incluindo uma toalha branca, diversos objetos e uma carta com conteúdo íntimo.
Em 2015, um novo incidente ocorreu durante uma peça no Sesc Copacabana. A stalker esperou em uma área restrita do teatro e tentou invadir o camarim de Débora, sendo removida à força pelos seguranças. A atriz registrou um boletim de ocorrência por ameaça, mas acabou não dando prosseguimento ao processo.
Em 2018, em mais um episódio, a mulher apareceu na primeira fileira de uma peça que Débora Falabella estava apresentando em São Paulo. No momento em que a atriz entrou em cena, a mulher se levantou e saiu do teatro.
Quatro anos depois, em 2022, a acusada criou um grupo no Instagram incluindo Débora e sua irmã, passando a enviar inúmeras mensagens. Em suas comunicações, ela afirmava ter relações sexuais com a atriz e mencionava uma suposta "loucura telepática". Em dezembro do mesmo ano, a mulher descobriu o endereço de uma pousada na Bahia onde Débora estava de férias e tentou mais uma vez entrar em contato com a atriz.
Ao retornar a São Paulo, Débora descobriu que havia recebido uma encomenda da perseguidora: o livro "Romeu e Julieta", uma história em que os protagonistas morrem, acompanhado de uma mensagem que dizia: "Para o meu Romeu, com muito amor".
Após o episódio, a Justiça de São Paulo concedeu uma medida protetiva em favor de Débora Falabella, proibindo a perseguidora de entrar em contato com a atriz por qualquer meio de comunicação. A decisão também impede a stalker de frequentar os mesmos locais que Débora, exigindo uma distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.
Contudo, em setembro de 2023, a suspeita violou as medidas protetivas ao contatar Débora pelo Instagram e pelo WhatsApp. A mulher pediu desculpas pelo comportamento dos últimos anos e afirmou: “Minha vida não tem mais sentido quando penso que nunca mais vou poder assistir a uma peça sua”.
A defesa de Débora Falabella solicitou a prisão preventiva da mulher, um pedido que foi aceito pelo Ministério Público e pela Justiça. Após a emissão do mandado, descobriu-se que a moça estava sob cuidados em uma clínica psiquiátrica.
Em fevereiro desse ano, a stalker, de 41 anos, foi detida preventivamente em Recife. Mais tarde, em março, ela passou por uma avaliação psiquiátrica que diagnosticou esquizofrenia.
Com base no laudo pericial que a considerou inimputável (ou seja, incapaz de entender a ilegalidade de seus atos), a prisão preventiva foi cancelada, mas ela ainda precisa cumprir todas as medidas cautelares de distanciamento da atriz, sujeita à internação provisória em caso de descumprimento.
Débora disse que torce para que a suspeita receba ajuda. "É ruim. Tem uma perseguição atrás por um trabalho que faço e pelo qual essa pessoa chega até a mim. E tem a vida dela. Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que seja".
A atriz ainda desabafou sobre a prisão da mulher ter sido revogada: "Fico com medo, porque nunca se conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato. Chato por tudo, porque também quero que ela fique bem".
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