Rio - A prisão de Deolane Bezerra, nesta quarta-feira (4) reacendeu o debate sobre a origem dos patrimônios de influenciadores digitais. Em uma postagem no Threads, Felipe Neto afirmou que influenciadores com bens bilionários precisam ser investigados. Ele ressaltou que, com base em sua experiência no mercado de influência digital, é "praticamente impossível" que alguém tenha acumulado mais de R$ 1 bilhão apenas com receitas oriundas das redes sociais.
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A Operação Integration, realizada pela Polícia de Pernambuco, prendeu Deolane Bezerra e bloqueou mais de R$ 2,1 bilhões em ativos financeiros dos investigados. Além de Deolane, outras 18 pessoas são suspeitas de integrar uma organização criminosa ligada a jogos ilegais e lavagem de dinheiro, com atuação em Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Paraná e Goiás.
Felipe Neto, dono da agência Play9, que representa quase 100 influenciadores, questionou a origem desses patrimônios bilionários. "Nenhum influenciador brasileiro tem patrimônio bilionário, até onde se sabe. Com a experiência q tenho no setor (15 anos), posso afirmar que é praticamente impossível que exista UM influenciador com R$1 bi proveniente do mercado de influência”, escreveu ele.
O empresário também frisou que muitos famosos e diretores de times de futebol promovem essas plataformas sem sofrerem consequências legais. "Se a Deolane tivesse sido presa apenas por divulgar uma casa de aposta, terão que prender 99% dos influenciadores, os donos da Globo, diretores dos times de futebol, CazeTV e toda mídia brasileira. Acho impossível que seja isso", afirmou.
Em sua publicação, Neto pediu calma enquanto o caso de Deolane Bezerra não é totalmente esclarecido. Ele defendeu que é preciso aguardar por mais informações sobre os R$ 2,1 bilhões que a Polícia de Pernambuco investiga, questionando se o montante seria patrimônio exclusivo da influenciadora, da família dela ou resultado de outras atividades, incluindo a própria plataforma de apostas.
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