Karol ConkáReprodução/GNT

Rio - Karol Conká esteve no programa "Sábia Ignorância", do GNT, desta segunda-feira (02) e comentou o racismo que sofreu durante a infância. Na conversa com Gabriela Prioli, a cantora e ex-BBB relatou também as diferentes formas que a comunicação violenta impactou sua vida. 
"A primeira vez foi no colégio. Coisa que me machuca. A professora fala: 'Senta todo mundo e você também, sua macaca'. Eu tinha 8 anos e ouvi isso de uma professora. Minha mãe foi ao colégio e lembro de ter contado o que ela havia feito e na minha frente falava: 'Ela está mentindo'. Olhava para a professora e me perguntava: 'Por que ela está mentindo?'", relembrou. 
"Também sofri do meu pai. Ele tinha problema com álcool e quando estava em crise de abstinência ou sob efeito da bebida ele falava coisas na minha casa que eram muito violentas. Fui aprendendo a ser mais ácida. Com 14 anos parei de ser boazinha. Quando perdi meu pai, o tal do herói. Ele que me protegia do colégio dessa comunicação violenta e descobri que se tivesse uma comunicação mais violenta de quem estava me atacando, eu conseguia vencer. Eu também vou saber te machucar. Por isso então essa brincadeira da língua de chicote". 
Karol Conká ainda abordou o cancelamento recebido após a participação no "BBB 21", em que foi eliminada com 99,17% dos votos. "Recebi aquela rajada de ataques e eu entendi que aquilo também não era só sobre mim. Assim como eu tive minhas fragilidades, meus momentos de explosão, muita gente aqui fora teve também. [...] As pessoas também começaram a fazer esse movimento comigo quando me encontravam nos lugares. Desde artistas, pessoas que trabalham em bastidores: 'Te peço desculpas. Fiz uma postagem falando tal coisa de você, mas não percebi que você tinha filho, tuas fragilidades'. Eu respondia: 'Estou tão preocupada em me arrumar que não tenho nem o tempo de devolver o ódio de vocês por mim'".