Grupo de mães Conexão Errejota reunido em uma das festas coletivas

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Grupo de mães Conexão Errejota reunido em uma das festas coletivas Divulgação
Por O Dia

Rio - A chegada do filho é cercada de dúvidas, medos e inseguranças. E contar com pessoas ao redor é fundamental para a saúde física e mental da mãe e do bebê. Mas nem sempre é assim. Brena Costa, mãe de duas meninas, conta que no seu dia a dia, é preciso equilibrar a rotina de trabalho e cuidado com as filhas, apenas com o marido. Como a sogra mora longe e sua mãe cuida de uma irmã com paralisia cerebral, a possibilidade de ajuda da família é quase inexistente.

"Eu não senti falta de ajuda com a bebê. Mas, sim, com as atividades de casa. Então, tive que me adaptar e definir prioridades. Cuidar das crianças está no topo. A casa e o marido no meio. Cuidar de mim está no final da lista", comenta.

Fernanda Perim, psicóloga e educadora parental pela Positive Discipline Association, criou o PsiMama para falar, entre outros temas, sobre a importância da rede de apoio para todas as mães. "Assim como no trabalho de parto, o puerpério é um momento em que a mulher precisa estar mergulhada, precisa de tempo, de privacidade, dizer o que sente, o que quer e o que precisa. É a hora de conectar-se consigo mesma e com o bebê. Mas quando há preocupações externas ao bebê e ao puerpério, isso atrapalha eesse novo vínculo. Por isso a rede de apoio é tão fundamental. É importante ter esse suporte para que ela possa se concentrar nessa nova fase, para que se sinta acolhida, assistida e amada durante todo esse processo intenso e muitas vezes enlouquecedor. E que consiga fazer tudo isso sem adoecer".

 E se uma rede colaborativa é fundamental, Marina Molina, do blog Aprendiz de Mãe, e Paloma Couto, do Viajando com Valentina, resolveram criar um coletivo para que outras mães pudessem trocar experiências e dicas. Para isso, além do Instagram Conexão Errejota e grupos no WhatsApp, elas promovem encontros em várias cidades do Rio.

"Incentivamos o contato no mundo real. Como os grupos são separados por regiões próximas, muitas descobrem vizinhas e marcam um cinema, um encontro na pracinha, piquenique no parque, festas temáticas etc. Fazemos também, a cada três meses, nosso festão para a integração entre os grupos", conta Marina, que conta ainda que recebe feedbacks maravilhosos das mães que antes ficavam em casa sem alternativas para fazer com o filho e agora têm companhia para conversar e passear. "Os pais acabam fazendo amizade também e nos tornamos uma família. Tomar coragem para sair com um bebê é muito difícil e sempre sentimos que estamos 'incomodando' as pessoas. Em grupo, temos mais força para enfrentar os desafios", finaliza.

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