Jornalista da GloboNews se emociona ao comentar morte de jovem grávida no Rio
'Diariamente a gente chora mortes de crianças, jovens, policiais e agora também de mulheres e bebês', desabafou Flávia Oliveira, no 'Estúdio i'
Flávia Oliveira não conteve as lágrimas ao comentar caso de grávida morta no Rio de Janeiro - Reprodução/GloboNews
Flávia Oliveira não conteve as lágrimas ao comentar caso de grávida morta no Rio de JaneiroReprodução/GloboNews
Por O Dia
Rio - A morte trágica de Kathlen Romeu, de 24 anos, tem gerado grande comoção nas redes sociais e foi o motivo para a jornalista Flávia Oliveira não segurar as lágrimas enquanto comentava o fato no "Estúdio i", programa da GloboNews. A carioca iniciou sua fala no telejornal pedindo desculpas por não conter a emoção.
"Muito difícil, peço desculpas a você [Maria Beltrão] e aos meus colegas, mas é muito difícil ouvir o que a gente está ouvindo, assistir o que a gente tem assistido no Rio de Janeiro, esse lugar que é o cenário, o ambiente de uma 'necropolítica de segurança pública.' Diariamente a gente chora mortes de crianças, jovens, policiais e agora também de mulheres e bebês", desabafou a jornalista.
A comentarista citou os dados divulgados pela plataforma Fogo Cruzado, de que 15 mulheres foram baleadas Rio de Janeiro, desde 2017. Dentre estas, 8 faleceram, contando com Kathlen, que tinha 24 anos e estava grávida de 14 semanas. A tragédia ocorreu na última terça-feira (8), no Complexo do Lins, comunidade da Zona Norte do Rio.
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"É impossível não se emocionar com essa história, a Kathlen era o projeto de vida de uma família, de uma avó, de um pai, de uma mãe. Tinha a mesma idade da minha filha", continuou Flávia. "Eu sei o que é ser uma mãe negra, botar uma filha negra no mundo, e lutar pela educação delas. Eu sou filha também de uma mulher negra. É muito difícil lidar com uma situação tão dramática, tão desnecessária, uma violência gratuita que não tem produzido melhora na sensação de segurança, não tem produzido ressocialização de criminosos, redução do crime organizado. Ela só tem produzido luto em famílias negras de favelas, principalmente, mas também em famílias negras de policiais", afirmou a jornalista.
"Eu não sei mais quantas lágrimas a gente vai ter que derramar em razão dessa tragédia cotidiana, é muito duro", finalizou Flávia Oliveira.
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Ontem, chorei com a avó da Kathlen. Hoje, me emociono de novo com a Flávia Oliveira. Uma tristeza sem fim. E a vida seguindo normalmente nesse Brasil brutalizado… pic.twitter.com/DI2AV36j9I
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