Rio - Autora da novela "Amor de Mãe" (2019-2021) e "Justiça 2" do Globoplay, Manuela Dias concedeu uma entrevista para Pedro Bial no programa "Conversa com Bial", da GNT, exibido nesta terça-feira (14). Na ocasião, ela evitou falar sobre a nova versão de "Vale Tudo".
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Desde o início deste ano, um remake da clássica novela dos anos 1980 tem sido cogitada pelo público, visto que a Globo tem vindo de uma crescente desse tipo de readaptação, como as produções recentes de "Pantanal", "Elas por Elas" e "Renascer".
Se as especulações se confirmarem, "Vale Tudo" faria parte das comemorações de 60 anos da Globo e passaria a ser exibida em 2025, de acordo com o calendário de programação. Bial brincou e fez uma pergunta durante a entrevista com a autora, que se esquivou da resposta.
"Tem uma coisa que ela tá fazendo para a Globo, para os 60 anos que completa a emissora no ano que vem. Vocês vão ficar morrendo de curiosidade para saber, mas eu não posso dizer nem ela. A gente é muito obediente. Pessoal lá em cima, nossos líderes falaram que não pode falar disso. Mas é bom que cria um suspense. O que será? Será que vale?", disse ele.
Na entrevista, Manuela também falou sobre alguns de seus sucessos, como "Amor de Mãe", que foi adaptada para o cinema com Regina Casé no papel principal, e a série "Justiça 2" (Globoplay) e de como a novela impactou o público.
Manuela Dias revelou ter sido surpreendida quando Humberto Carrão lhe contou sobre um caso real ocorrido no morro da Mangueira, no Rio de Janeiro. "Quando comecei a novela eu pensei ‘se uma pessoa fizer as pazes com a mãe, eu estarei feliz’. Só que não foi uma, foram centenas de relatos", contou.
Na novela, Regina Casé interpretava Dona Lurdes, que em determinado momento acreditava que Sandro, personagem de Humberto Carrão, era seu filho. Sandro estava envolvido com o tráfico e tinha uma dívida. Dona Lurdes então negociou com o traficante e livrou seu filho do problema.
"No dia seguinte que a cena foi ao ar, o Carrão me ligou muito emocionado. Me disse: ‘uma amiga minha da comunidade Chapéu Mangueira, no Rio de Janeiro, me ligou, e ela me disse que aconteceu uma coisa lá que foi o seguinte: uma mãe que viu a cena da Dona Lurdes, e que estava com o filho na mesma situação, pegou o celular dela, foi até o traficante e falou: ‘você disse que não poderia liberar meu filho, mas você pode sim’. Aí entrou no Globoplay, pelo celular, e mostrou a cena. O traficante respondeu ‘tia, lembrei de você ontem quando vi essa cena’, e, então, liberou o filho dela do tráfico. Eu chorava muito no telefone quando ele me contou, demorei um tempo para conseguir contar essa história", recordou.
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