Julia Prado @pupindeleu / Divulgação
Não vou mentir que é desafiador. Mas que bom, acho que todo ator anseia por desafio! A Amirah não é mais uma menina metida, ela é vilã mesmo. Eu quis deixar isso claro na construção dela, não queria amenizar e sim colocar o dedo na ferida.
Muito! Confesso que no início não sabia que ela era tão vilã assim. Fui descobrir lendo o roteiro. Fiquei chocada! E na hora me deu uma emoção absurda, só conseguia pensar na responsabilidade de entregar uma personagem assim. Fiquei feliz demais que a direção apostou em mim para esse papel.
Como foi sua preparação para a Amirah?
Tivemos meses de preparação. Tive a minha preparadora Rosana Garcia dando todo o apoio e me ajudando a trazer a Amirah para o mundo. Também era importante para mim trazer coisas diferentes da Afra (meu último papel em 'Reis'). Então, tive um trabalho corporal que me ajudou muito nessa construção.
Como tem sido o retorno do público em relação à ela?
Todos me odeiam! (risos). E eu, obviamente, aceito isso como um elogio gigantesco. Eu sabia que ela era provocativa, mas, de fato, ela está irritando muito o público. E, de fato, tem que irritar. Acho que se o público ficasse passando muito o pano pra mim teria algo de errado na minha entrega! De qualquer forma, tenho recebido feedbacks incríveis. O público é maravilhoso.
Você tem algum tipo de ritual para não levar a personagem para casa?
Meu ritual é a minha terapia semanal com a minha psicóloga maravilhosa. É essencial. Ainda mais para uma personagem tão complexa, o acompanhamento psicológico é fundamental para entregar meu trabalho sem enlouquecer junto. E também fazia questão de todos os dias meditar, antes de entrar em cena. A meditação me ajuda muito a focar, voltar para mim e não me perder durante o processo.
Você está em uma produção bíblica. Você é uma pessoa de muita fé?
Não tenho religião. Mas tenho uma fé absurda em Deus e Jesus Cristo. Amo espiritualidade, é uma pilar muito muito importante na minha vida. Faço meu devocional todos os dias, leio a Bíblia e rezo. Gosto de estar sempre conectada, agradecendo, e sei que tudo o que conquistei até hoje foi Deus que colocou na minha vida da forma mais amorosa possível.
Sempre fui bailarina. Passei minha infância e adolescência competindo, fazendo aulas e dançando no palco. Aos 15 anos, minha mãe teve câncer e faleceu; logo depois, meu pai também teve câncer e se curou. Foi um período conturbado. Aos 16, eu sentia que precisava me expressar de outras formas, o ballet não me supria mais. Foi desse jeito que entrei no teatro e nunca mais saí.
Quais são seus segredos de beleza?
Manter a saúde mental em dia. O nosso externo é só um reflexo de quem somos internamente. Tenho bons pensamentos, trato bem as pessoas, me amo e amo o próximo. Isso ajuda demais na minha energia, em como o outro me enxerga. Também faço questão de me alimentar bem, (mesmo gostando de comer umas besteiras às vezes), e mantenho uma rotina de exercício físico que ajuda muito na minha ansiedade!