Lilia Cabral e a filha Giulia Figueiredo com Andréa PacháCristina Granato
Andréa Pachá recebe personalidades no lançamento da edição comemorativa de 'A Vida Não é Justa'
Escritora realizou uma sessão de autógrafos em uma livraria do Rio
Rio - A escritora e desembargadora Andréa Pachá lançou, na última terça-feira, a nova edição de seu primeiro livro de crônicas, "A vida não é justa" (Ed. Intrínseca), em comemoração aos dez anos do lançamento original. A autora recebeu várias personalidades em uma sessão de autógrafos realizada na Livraria da Travessa, no Leblon, Zona Sul do Rio.
As atrizes Lilia Cabral e Mônica Martelli marcaram presença, assim como o diretor Cacá Diegues e o cineasta Silvio Tendler. O jornalista e colunista Ancelmo Gois compareceu ao evento acompanhado da esposa, Tina Correia. Também foram prestigiar a autora a ex-bailarina e coreógrafa Dalal Achcar, a atriz Clarice Niskier, o músico Pedro Luís, entre outras personalidades.
A edição comemorativa de "A vida não é justa" une as crônicas da primeira edição a textos e depoimentos ficcionais inéditos, que refletem as mudanças vertiginosas ocorridas na sociedade em um período tão curto.
Dessas novas reflexões, três histórias estão relacionadas à pandemia da covid-19 — período em que o desalento ficou ainda mais evidente. Entre elas, a de Carla, que viu seu marido ser contaminado pelo negacionismo propagado nas redes sociais a ponto de não reconhecer mais a pessoa com quem se relacionava havia 19 anos. A mudança foi progressiva e culminou com a compra de uma arma — a gota d’água para a inevitável separação. Estava em jogo a guarda compartilhada do filho com o pai, que se recusava a tomar a vacina e usar máscara.
A crônica revela as consequências nefastas do discurso de ódio propagado nos últimos anos na vida de muitos brasileiros. “Como Carla, também eu vinha acompanhando os estragos que os descaminhos da política e das redes sociais provocavam na sociedade. Nas famílias, parentes e afetos se desfaziam pela insistência de publicações mentirosas em grupos de WhatsApp e pela apropriação de palavras, para fazê-las representar exatamente o oposto daquilo que signicavam. Liberdade, ética e verdade eram as palavras mais maltratadas nesse cenário que se anunciava”, revela a autora.
Andréa Pachá presidiu milhares de audiências que envolviam divórcio, pensão alimentícia, guarda e partilha de bens. Depois de todos esses anos de reflexões e histórias, a magistrada oferece um conjunto de crônicas que trazem toda a diversidade das experiências humanas quando o assunto é família.
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