Saiba quais os sinais de alerta para o vício em jogos eletrônicosReprodução

Olá, meninas!
O personagem Theo, da novela Travessia, está mostrando ao país uma realidade comum para muitas famílias, os jovens que sofrem com um problema sério: o vício em games, uma dependência que já foi classificada como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
Vamos falar mais sobre esse assunto? Conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, que explica quais os sinais de alerta para esse transtorno e ensina como os pais podem ajudar os filhos a sair do problema. Confiram!
Quais são os comportamentos que podem levantar esse alerta?
- A vida passa a “girar” em torno do jogo, com prejuízo de outras atividades e de interação social (deixa de conviver com os amigos, por exemplo);
- Queda importante nas notas da escola e rendimentos no trabalho;
- Piora da quantidade e qualidade do sono;
- Aumento das discussões/brigas com a família;
- Ansiedade, irritabilidade e nervosismo, quando a pessoa fica “sem jogar” por um período.
Quais os motivos fizeram a OMS incluir esse comportamento como um transtorno?
O consumo de jogos eletrônicos vem crescendo, principalmente na população jovem. No Brasil, 75 milhões de brasileiros fazem uso de jogos eletrônicos, que representam uma das principais formas de diversão para crianças e adolescentes.
A expectativa dos especialistas é que o reconhecimento do vício em games como um distúrbio mental resulte em medidas relevantes de prevenção e tratamento (dando mais “luz” ao tema).
Como é feito o diagnóstico?
O comportamento de jogos e outras características são normalmente evidenciados por um período de, pelo menos, 12 meses para se fazer o diagnóstico, embora possam exigir uma duração menor, caso todos os critérios diagnósticos sejam satisfeitos e os sintomas sejam graves.
Quais são as orientações aos pais?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou, em 2020, o Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde, que oferece aos pais e responsáveis orientações sobre o uso de telas e internet por crianças e adolescentes.
Confiram:
- Evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente;
- Limitar o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão, para crianças com idades entre dois e cinco anos;
- Limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão, para crianças com idades entre seis e 10 anos;
- Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão e nunca "virando a noite" jogando, para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos;
- Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir;
- Oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável;
- Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar;
- Encontros com desconhecidos online ou offline devem ser evitados; saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam) é responsabilidade legal dos pais/cuidadores;
- Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual, nudez, pornografia ou produções inadequadas e danosas ao desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes, postados por cyber criminosos, devem ser denunciados e retirados pelas empresas de entretenimento ou publicidade responsáveis.
Como é feito o tratamento?
O tratamento envolve psicoterapia e em alguns casos, medicação, principalmente se tiver depressão ou outra patologia associada. A atividade física regular é também de extrema importância.
Gostaram das dicas? Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com o Dr. Ervin no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, a partir das 13h30. Espero vocês! Clique aqui.