Segundo o Anuário da Segurança Pública, houve crescimento, em 2022, de todas as formas de violência Divulgação

Estamos no Agosto Lilás, o mês dedicado à campanha de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher. A ação busca aumentar a divulgação da Lei Maria da Penha, que no último dia 7 completou 17 anos.
Sem dúvidas, a lei é uma das maiores ferramentas para coibir e prevenir a violência contra a mulher. Antes, essa violência era tratada como crime de menor potencial ofensivo e quase sempre, a pena do agressor era convertida em prestação de serviço à comunidade. Com a Lei Maria da Penha foram criados mecanismos mais rigorosos para punir os agressores, permitindo que eles sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva.
Mas o caminho ainda é muito longo para acabar com esse tipo de crime. Segundo o Anuário da Segurança Pública, houve crescimento em 2022 de todas formas de violência contra a mulher no Brasil. Os números representam mais casos de feminicídio, lesões, ataques físicos e também psicológicos, como ameaças. Os casos de feminicídios, por exemplo, sofreram aumento de 6,1% em 2022, com 1.437 vítimas.
“A lei 14.448/22, que instituiu em âmbito nacional o Agosto Lilás, determina que União, estados e municípios, em conjunto, conscientizarem a sociedade sobre a urgência no enfrentamento das diversas formas de violência contra meninas e mulheres. Mas o que falta é investimento em políticas públicas de forma efetiva, para que possamos conscientizar a sociedade como um todo. Isso ocorre através da educação, precisamos de diversas ações nesse sentido para o enfrentamento do machismo enraizado”, explica a advogada Alessandra Caligiuri Calabresi Pinto, especialista em Direito da Mulher.
Um recado aos pais
Hoje, Dia dos Pais, não podemos deixar de lembrar as crianças que crescem sem a presença dos seus pais e sofrem com o abandono paterno. Então, o recado importante para esse domingo é que sempre é possível resgatar esse tempo perdido e ser o pai que seu filho merece ter.
Na infância, os pais são as primeiras e mais importantes referências para a formação da personalidade da criança. A participação ativa do pai na vida de um filho é essencial para seu desenvolvimento cognitivo, social e psíquico.
“Na infância, os pais são as primeiras e mais importantes referências para a formação da personalidade da criança. Se o pai é ausente, o filho acabará encontrando outras formas de preencher essa lacuna da figura masculina, e a chance de não serem modelos propriamente exemplares pode ser grande e preocupante”, explica Danielle Admoni, psiquiatra especialista em infância e adolescência, da Universidade Federal de São Paulo.
Beleza da Alma
“A esperança é o sonho do homem acordado”. (Aristóteles)