Paula Toller na turnê "Amorosa"Marcos Hermes
Carioca, foi criada por seu pai e seus avós e pouca gente sabe que ela foi abandonada pela mãe ainda na infância. Em 1981, criou a banda Kid Abelha ao lado de Beni Borja, Pedro Farah e Leoni. O grupo fez história na MPB e hoje a cantora é uma das artistas mais icônicas e conhecidas da mídia.
Aos 62 anos, Paula chama atenção por sua beleza, jovialidade e por não se abalar com etarismo. Ela é casada com o cineasta Lui Farias há 36 anos, mãe de Gabriel Toller e em breve se tornará avó. Seu filho único e sua nora esperam a chegada do primeiro filho.
Em 2014, a cantora Paula descobriu ter diabetes tipo 1 e desde então ficou engajada na causa. Ela participa de campanhas contando a sua história, Recentemente, durante as enchentes do Sul, apoiou o Instituto da Criança com Diabete, passou a contribuir e divulgar ações para levar insulina para as regiões afetadas.
Para comemorar essa trajetória, Paula Toller lançou o audiovisual “Amorosa”. No projeto, ela tem a direção e coprodução de seu filho, Gabriel Farias. O encontro de gerações deixa a produção ainda mais especial. Paula convidou artistas que admira e representam diferentes momentos musicais brasileiros, como Fernanda Abreu e Luísa Sonza. Ela também está na rua a turnê “Amorosa”, que celebra essas décadas de estrada com um olhar para o futuro.
Confiram o bate-papo completo com a artista. Uma mulher que inspira outras mulheres!
Como está sendo a experiência em ser avó?
Fui uma mãe muito dedicada, parei de trabalhar por um ano para cuidar do meu filho, mas também dividi igualmente esse cuidado com o Lui. Agora vou viver algo inédito, Gabriel terá uma filha, e isso é muito inspirador, mas é algo que não fico antecipando.
Como está sendo o trabalho com a turnê "Amorosa"?
A turnê tem sido muito bem-sucedida, o público dos shows só cresce, o boca-a-boca é excelente, as pessoas voltam para casa mais felizes do que entraram, e isso para mim é o mais importante. Teremos um repertório de grandes sucessos, um verdadeiro desfile de clássicos, uma celebração de minha trajetória.
Esse show é uma viagem por 40 anos de amor e dedicação à música. É meu aniversário de casamento com o público. Estou muito feliz de poder contar com Menescal, Fernanda e Luísa, artistas de três gerações diferentes, com quem mantenho laços afetivos e interseções musicais que marcaram minha trajetória como cantora e compositora.
O que mudou nesses 40 anos de carreira?
Fazer e cantar música é o melhor trabalho que existe! Através da música, conheci meus ídolos e cantei com vários deles (Rita Lee, Erasmo, Gil, Roberto, Chico Buarque...), conheci o Lui, meu atual marido há 36 anos, viajei pelo mundo, coisa que não tinha condições de fazer na infância. Já há quase dez anos tenho trabalhado com o Liminha, uma verdadeira entidade, produtor lendário, amigo e parceiro, que está na estrada comigo e é o diretor musical da turnê e do Audiovisual ao vivo que acabei de lançar.
Você faz algum trabalho social?
Sobre a questão do diabetes, sim, participo de campanhas contando a minha história, como recebi o diagnóstico, as incertezas e o medo que passei, e a forma como consegui lidar com essa doença de forma ativa, me adaptando e vivendo o melhor dentro dessa condição. É muito importante que as pessoas tenham mais informação sobre o diabetes, até para poder ajudar corretamente um amigo ou parente. No site diabetes.org.br tem um material de informações muito bom, 100% confiável. Recentemente, durante as enchentes do Sul, me conectei com o Instituto da Criança com Diabetes (www.icdrs.org.br) e passei a contribuir e divulgar as ações para levar insulina para as regiões afetadas.
Qual seu recado para todas as mulheres?
O principal em ser mulher, para mim, sempre foi fazer o que se tem vontade, com prazer, persistência e muita dedicação, não perder tempo reclamando, correr atrás do seu sonho de vida sem se preocupar com o que os outros falam.
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