A atriz Rosane Gofman, que interpretou a enfermeira Nair em Alma GêmeaReprodução
Minha mãe sempre foi uma mulher à frente do seu tempo. Sempre incentivou muito na minha carreira, mas fez questão que eu fizesse uma faculdade. Por isso, me formei em fonoaudiologia, que era a mesma profissão dela. E foi ótimo! Junto com ela criei o Teatro Escola Rosane Gofman, que hoje tem como CEO o meu filho Kaue.
Todo ano faço meus exames preventivos. Esse ano, quando fiz, minha ginecologista observou um pólipo e pediu um exame mais completo, uma histeroscopia. Nesse exame foi feita uma biópsia e identificaram o câncer no endométrio em estágio inicial. Me internei e imediatamente comecei a fazer exames. Fui toda “vasculhada” e só tinha aquele pólipo. Fiz histerectomia total, retirei o útero e o colo do útero. Felizmente não precisei fazer mais nada. Tinha muito baixa malignidade. Sorte que faço meu acompanhamento. Todas as mulheres deveriam fazer e ter oportunidade de fazer.
Seguir em frente até quando não aguentar mais (risos). E se Deus quiser ainda tenho muita estrada pela frente! Meus próximos projetos incluem estrear a peça “Moderninha”, de Paulo Fontenelle. A estreia está prevista para fevereiro de 2025, ano em que completo 50 anos de carreira. Em março começa a gravar “Êta mundo bom 2”. Será um ano de muitas comemorações. Além disso, a peça “Eu sempre soube” também segue em frente, em cartaz.
Fazer Alma Gêmea foi muito prazeroso, principalmente porque era uma novela do Walcyr Carrasco e contracenava com a minha amiga querida Nívea Stelman. Sou judia de família e criação, mas também acredito muito na espiritualidade. Meus avós, judeus que vieram da Rússia, fundaram um centro espírita no Brasil. Eu frequentava o centro com muito carinho e a religião faz parte da minha vida.
A peça teve a sua última apresentação do ano na semana passada. Mas é uma peça que eu quero fazer para sempre, acredito mesmo que ela faz um serviço de utilidade pública.
Sempre lutei com a balança. Acho um inferno essa ditadura. Sei o quanto é importante manter o peso pelo bem da saúde, mas para algumas pessoas como eu é mais difícil emagrecer e a pressão é um desespero. Tenho 68 anos muito bem vividos. Com a minha idade algumas coisas já estão ficando mais gastas (risos) e começam a incomodar. Não lido bem com dores e já tenho algumas. De resto vou usando o que for preciso para melhorar a qualidade de vida.
Nunca me achei um mulherão, talvez porque nunca estive dentro dos padrões. Mas sempre me senti amada e desejada por quem esteve na minha vida. Isso para mim basta! Isso falando em termos estéticos. Agora, enquanto pessoa, mulher, mãe, avó e amante, sou um mulherão. Pois sou de bem com a vida. Tenho bom humor e amo demais os meus.
Não deixe de fazer o que têm vontade, o que te faz feliz. Não deixe que ninguém te diminua em nada.
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