Entenda as mudanças no rastreamento do câncer do colo do úteroReprodução
Adeus, Papanicolau? Entenda as mudanças no rastreamento do câncer do colo do útero
Exame que detecta o DNA do HPV substitui o exame "Preventivo"
Olá, meninas!
O exame de Papanicolaou ou “Preventivo”, sempre foi uma importante ferramenta para a preservação da saúde da mulher. Ele já faz parte da rotina de muitas mulheres e é fundamental na luta contra o câncer de colo de útero. Mas agora essa batalha ganha um novo aliado. O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a incorporar testes moleculares para detecção do HPV. Esse método detecta o DNA do HPV, é mais moderno e substitui o exame de Papanicolaou para o rastreamento do câncer do colo do útero.
A boa notícia é que a novidade está acessível na rede pública de saúde, mas segue algumas regras. Para saber tudo sobre o assunto, conversamos com a oncologista Flávia Miranda Corrêa, consultora médica da Fundação do Câncer. Entre as mudanças, em vez de fazer sentar na cadeira ginecológica e fazer aquele exame desconfortável todos os anos, o rastreamento poderá ser feito a cada 5 anos.
“Com o novo protocolo, os rastreamentos deverão ser feitos com intervalos de cinco anos após um resultado negativo. Além disso, mulheres com mais de 60 anos e resultado negativo podem encerrar o rastreamento. Para aquelas com resultado positivo para os tipos de HPV 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero, o encaminhamento para colposcopia é imediato. Já as mulheres com resultado positivo para outros tipos de HPV terão o estudo dessas células através do teste molecular. E se tiverem alterações, essas também são encaminhadas para colposcopia”, explica a oncologista.
De acordo com a especialista, uma das estratégias da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a erradicação do câncer do colo do útero é que 70% das mulheres em todo o mundo sejam submetidas regularmente a um teste de alto desempenho, como o teste molecular para detecção do HPV.
“Diversos estudos científicos mostram que o rastreamento com testes moleculares é mais eficiente na identificação de lesões desse tipo de câncer. Atualmente, o método recomendado no Brasil para o rastreamento do câncer do colo do útero ainda é o teste de Papanicolaou. Mas o teste molecular é mais preciso e tem várias vantagens, como o maior intervalo entre os exames, maior detecção de lesões de câncer em estágio inicial e, principalmente, menor custo do tratamento, tornando o programa de rastreamento mais eficiente”, finaliza.
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