Vacância média chega a 20%, dobro da taxa ideal Divulgação

Por O Dia
Boa parte dos principais bairros do Rio de Janeiro está com a disponibilidade de imóveis residenciais para alugar bem acima da média considerada normal, que é de 8 a 10% do total de imóveis voltados para locação. A taxa de vacância média do município em maio foi de 20 %, a mais alta desde o início da pandemia, quando estava em 14%. É o que aponta estudo da APSA.
Puxam a taxa para cima, os bairros Centro, com 39,8% dos imóveis vazios; Leblon (21,5%); Copacabana (20,9%); Catete, que cresceu 91,26% e atinge taxa de 19,7% e Botafogo (19,5%). Na Grande Tijuca, a Tijuca está 100% acima do normal, com taxa de 20,6%; e o Grajaú (20,7%). Vila Isabel chega a 16,0%. Já o Maracanã teve queda e está em 12,5%. Méier cresceu 20% e chega a 15,4% de desocupação e o Rio Comprido 13,0%.
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Laranjeiras teve expressivo aumento frente ao mês anterior de 68,82%, chegando a taxa 15,7%. Ipanema também cresceu sua vacância em 18,18%, chegando a taxa de 16,9%. O Flamengo, com um aumento de 17,83% está com 15,2% dos imóveis vazios.
Na Zona Oeste, o Recreio se destaca com queda de 29,87% na taxa, se estabilizando em 5,4%.
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Preços caem na maior parte dos bairros por conta do estoque mais alto
Na Zona Sul, chama atenção o aumento de 13,16% nos valores anunciados nos imóveis residenciais no Flamengo, que estão custando em média R 38,51. O bairro mais caro é Ipanema, saindo a R 62,02, valor 11,17% mais alto do que o praticado há um ano e 2,94% maior do que em abril.
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Mas são exceções. O Leblon vem em segundo, com o valor do metro quadrado para locação saindo atualmente a R 58,13, queda de 1,94%. O valor é 3% menor do que há 12 meses.
Botafogo teve aumento de 4,08%, com preços médios a R 39,05 por metro quadrado. Mas a variação nos últimos 12 meses é de -6,31%. Copacabana, baixou 3,61% e negocia-se a R 35,29 o m². No ano, já tem uma queda de -8,24%.
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O Centro, com maior impacto nas desocupações residenciais, está custando -3,71% a menos, na faixa de R 27,02 por metro quadrado. No ano, a queda nos preços é de -7,43%, apesar da vacância ter praticamente dobrado na região.
Na Zona Norte, a Tijuca, que lidera com a maior vacância, aumentou em 5,03% de um mês para o outro, com valores em torno de R 24,22 por m². No ano, o crescimento é de 3,95%. O Grajaú, apesar da vacância alta, caiu apenas 0,52%, custando R 20,88. Nos últimos doze meses, o aumento é de 3,16%. Já o Maracanã, com redução de 0,64%, está na faixa de R 23,43.
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De acordo com o gerente de imóveis da APSA, Jean Carvalho, "a pandemia trouxe algumas mudanças, com pessoas de maior poder aquisitivo perdendo renda e se mudando para bairros próximos com aluguéis menores. Por exemplo, Ipanema recebeu moradores vindos do Leblon e hoje está com o aluguel mais valorizado do que há um ano. E já tem o preço médio até maior do que o Leblon. O mesmo ocorreu com Laranjeiras e Flamengo, que receberam novos moradores saindo de bairros mais caros da Zona Sul.
O Recreio também recebeu pessoas que puderam trabalhar em home office e buscaram unidades mais amplas. Acreditamos que de agora em diante, haja uma recuperação nos preços e uma queda na vacância do Rio. Até mesmo o Centro, com queda nos preços, pode atrair moradores de áreas mais distantes, com investimentos em segurança".
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Volume de locações
A quantidade de imóveis alugada em maio teve crescimento de 225% com relação a maio de 2020, quando o mercado estava totalmente parado. A vacância é calculada com base na carteira de imóveis APSA.