Cerca de 26% dos usuários solicitaram crédito para pagamento de dívidas, 22% para investir no próprio negócio e 13% para fazer alguma reformaNicolas Nogueira

Diante da crise econômica intensificada pela pandemia, é comum que os brasileiros estejam buscando por empréstimos para pagar as dívidas ou até mesmo investir. Nesse cenário, a procura por refinanciamento de automóveis cresceu 49% até julho deste ano, se comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo um levantamento realizado pela Creditas. Diferente do financiamento, que é quando um consumidor compra um automóvel para pagar parcelado, o refinanciamento, também chamado de Auto Equity, é uma modalidade na qual o cliente opta por deixar o veículo como garantia para o empréstimo. 
"Neste tipo de empréstimo, a pessoa usa o seu veículo como uma garantia para ter o acesso ao crédito. Com isso, é possível oferecer empréstimos com taxas de juros mais baixas e prazos maiores para pagar. Na Creditas, por exemplo, até 90% do valor do veículo pode se transformar em crédito", explicou a VP de Auto Equity e Financiamento de Veículos da Creditas, Luana Bichuetti.
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As motivações que elevaram o crescimento da busca por esse tipo de crédito são variadas. Ainda de acordo com dados da Creditas, 26% dos usuários solicitaram para pagamento de dívidas, 22% para investir no próprio negócio e 13% para fazer alguma reforma. Para o especialista em finanças Marlon Glaciano, a modalidade pode oferecer alguns atrativos como maior facilidade para negativados e juros baixo.
"Este tipo de crédito é uma ótima opção para quem está negativo pois mesmo tendo dívida e ou restrições em aberto, é possível conseguir o crédito já que o automóvel será utilizado como garantia. Outro ponto bem interessante é a taxa de juros bem baixa nessa modalidade. Como benefícios, temos a utilização do valor do crédito como capital de giro, fôlego financeiro para iniciar um negócio e até mesmo quitação de dívidas que possuem juros mais elevados", ressaltou. 
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"Por se tratar de um crédito em que há menor risco de inadimplência, os juros são menores e os prazos de pagamento são maiores. No geral, indicamos para quem busca uma quantia de crédito para utilizar em fins como investir no próprio negócio, reformas, quitar um financiamento em andamento, estudar ou viajar, por exemplo. O crédito é concedido em função do valor do veículo, portanto, pode ter valores entre R$5mil e R$150mil, podendo ser pago de 18 a 60 meses", complementou Luana. 

Possíveis riscos
Como qualquer outro serviço, o refinanciamento de automóveis também apresenta riscos para os clientes. Por isso, é importante que alguns aspectos sejam levados em consideração, como o motivo do empréstimo, a situação financeira atual e o reconhecimento e segurança da empresa que está concedendo o crédito.
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"O principal risco desse modalidade é a perda do bem, neste caso o automóvel. É importante ressaltar que neste formato, seu carro fica alienado, ou seja, não pode ser vendido até que a dívida seja quitada e será utilizado como garantia caso o pagamento do empréstimo não seja honrado", afirmou o especialista em finanças Marlon Glaciano.
Já a a VP de Auto Equity e Financiamento de Veículos da Creditas, Luana Bichuetti, relembrou a importância de pesquisar antes de tomar qualquer decisão: "É fundamental que o interessado estude bem a sua situação financeira antes de solicitar o crédito. Para saber como obter um empréstimo e encontrar a melhor opção, é preciso, antes de tudo, pesquisar e conhecer cada modalidade. Isso porque, no mercado existem muitas alternativas, mas cada uma atende a objetivos específicos e possui condições de pagamento diferentes".
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Para evitar possíveis golpes, alguns cuidados também devem ser tomados. "Nunca faça qualquer pagamento antecipado. Se uma empresa pedir isso, é bom tomar cuidado, pois nenhuma empresa tem esse processo. Verifique se o site da empresa tem um cadeado ao lado do endereço da página, jamais transfira o dinheiro para um CPF pessoal e, por fim, consulte o site do Banco Central. Lá, estão todas as instituições financeiras autorizadas", concluiu Luana.